Briquetes produzidos com mistura de podas urbanas, glicerina e resíduos de processamento de mandioca

2017 
Ao longo da historia, diversas foram as fontes e as formas de energia utilizadas para a producao de bens e de servicos, em especial a energia gerada a partir de combustiveis fosseis, como o petroleo. Em funcao dos limites de suas reservas mundiais; as emissoes de CO2, e os desastres ecologicos a partir da perfuracao de pocos de petroleo, e fundamental pensar em fontes de energia renovaveis e sustentaveis: aquelas que se reconstituem naturalmente, num curto periodo de tempo. Uma das alternativas para a solucao deste problema e a energia proveniente das biomassas, seja de origem animal ou vegetal, que pode ser utilizada na producao de energia. O briquete e considerado um biocombustivel solido, feito a partir da compactacao de residuos lignocelulosicos muito utilizado para a geracao de energia. Neste trabalho objetivou-se estudar a producao de briquetes a partir de misturas de Residuos de Podas Urbanas - RPU, glicerina e bagaco de mandioca (Manihot esculenta). Para a reducao da umidade das amostras de RPU e de mandioca, foi utilizado um secador via aquecimento solar. Posteriormente, as amostras dos RPU, do bagaco de mandioca e a glicerina foram misturadas gerando os tratamentos, T1 (100% RPU), T2 (92% RPU e 8% Bagaco de mandioca), T3 (97% RPU e 3% Glicerina), T4 (89% RPU, 8% Bagaco de mandioca e 3% Glicerina) e T5 (94,5% RPU, 4% Bagaco de mandioca e 1,5% Glicerina). Em seguida, foram realizadas as analises de parâmetros fisicos, quimicos e energeticos dos briquetes. O teor de umidade dos briquetes foi menor no tratamento T1 (7,935%). O tratamento T2 teve menor valor de carbono fixo (16,858%) e teor de volateis (66,520%) e maior teor de cinzas (16,621%). As porcentagens de C, H e N nao diferiram estatisticamente entre os tratamentos. Os valores do poder calorifico superior, inferior e util foram maiores no tratamento T3 (18,973 MJ kg-1); (17,480 MJ kg-1) e (15,980 MJ kg-1) respectivamente. A densidade aparente foi maior no tratamento T1 (1.183 kg m-3) bem como a densidade energetica (20.778,76 MJ m-3). O tratamento T2 teve a maior resistencia mecânica (1,281 kgf cm-2). Os resultados, portanto, demonstraram que os tratamentos T1, T2 e T3 foram mais eficientes, produzindo briquetes com propriedades que atendam as especificacoes do mercado, alem de apresentarem grande potencial energetico, sendo bons substitutos a lenha. Com base nas informacoes coletadas no Municipio de Vera Cruz do Oeste - PR no ano de 2015, poderiam ser produzidos aproximadamente 76,92 t ano-1 de briquetes oriundos de residuos de podas urbanas, contribuindo desta forma para a geracao de receita no valor de R$ 23.614,44.
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