Vantagens Comparativas Reveladas e suas Determinantes: Uma Aplicação à Economia Portuguesa

2019 
Na era do “Made in the World” o valor bruto das exportacoes que atravessa a fronteira nacional e uma medida cada vez mais imperfeita do rendimento domestico envolvido, comprometendo, por isso, a leitura de todos os indicadores de comercio externo derivados. A literatura economica tem feito grandes progressos para desenvolver um quadro de referencia metodologico que isole devidamente o papel de cada pais no contexto das Cadeias de Valor Globais (CVGs) e sao ja varios os projetos que, capitalizando estes contributos teoricos, procederam a construcao de bases de dados multi-pais a partir de matrizes input-output globais harmonizadas que identificam os recursos e empregos da producao na economia, com desagregacao por setores de bens e servicos e paises parceiros. Este trabalho utiliza a informacao de comercio internacional em valor acrescentado, recentemente compilada pela OCDE-OMC, para (i) analisar a dinâmica da especializacao produtiva portuguesa, no contexto das CVGs, com base no tradicional Indice de Vantagens Comparativas Reveladas (IVCR) de Balassa, considerando para efeitos de calculo tres tipos de fluxos no periodo 1995-2011 e (ii) discutir a validade da teoria classica e neoclassica das vantagens comparativas no contexto das CVGs. Os dados confirmam que a utilizacao das estatisticas em valor acrescentado nacional e de facto muito relevante do ponto de vista da avaliacao das capacidades com que Portugal se apresenta nas Cadeias de Valor Globais e sugerem que a estrutura setorial das vantagens comparativas reveladas para Portugal, no contexto das CVGs, obedece a teoria classica e neoclassica do comercio internacional.
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