Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo Aumentada, Diminuída ou Estável ao Longo do Tempo em uma Série de 626 Pacientes com Insuficiência Cardíaca que Receberam Tratamento Médico

2021 
Resumo Fundamento: A fracao de ejecao (FE) tem sido utilizada em analises fenotipicas e na tomada de decisoes sobre o tratamento de insuficiencia cardiaca (IC). Assim, a FE tornou-se parte fundamental da pratica clinica diaria. Objetivo: Este estudo tem como objetivo investigar caracteristicas, preditores e desfechos associados a alteracoes da FE em pacientes com diferentes tipos de IC grave. Metodos: Foram incluidos neste estudo 626 pacientes com IC grave e classe III–IV da New York Heart Association (NYHA). Os pacientes foram classificados em tres grupos de acordo com as alteracoes da FE, ou seja, FE aumentada (FE-A), definida como aumento da FE ≥10%, FE diminuida (FE-D), definida como diminuicao da FE ≥10%, e FE estavel (FE-E), definida como alteracao da FE <10%. Valores p inferiores a 0,05 foram considerados significativos. Resultados: Dos 377 pacientes com IC grave, 23,3% apresentaram FE-A, 59,5% apresentaram FE-E e 17,2% apresentaram FE-D. Os resultados mostraram ainda 68,2% de insuficiencia cardiaca com fracao de ejecao reduzida (ICFEr) no grupo FE-A e 64,6% de insuficiencia cardiaca com fracao de ejecao preservada (ICFEp) no grupo FE-D. Os preditores de FE-A identificados foram faixa etaria mais jovem, ausencia de diabetes e fracao de ejecao do ventriculo esquerdo (FEVE) menor. Ja os preditores de FE-D encontrados foram ausencia de fibrilacao atrial, baixos niveis de acido urico e maior FEVE. Em um seguimento mediano de 40 meses, 44,8% dos pacientes foram vitimas de morte por todas as causas. Conclusao: Na IC grave, a ICFEr apresentou maior percentual no grupo FE-A e a ICFEp foi mais comum no grupo FE-D.
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