Fatores de risco para trombembolismo em atençäo terciária a pacientes de Clínica Médica

2001 
Fatores de risco (FRs) para trombembolismo sao frequentes no paciente cronicamente doente em enfermarias de clinica geral, embora a maioria dos estudos sobre essa tematica focalize doentes de clinicas cirurgicas ou sob terapia intensiva. Considerando-se a grande morbimortalidade do trombembolismo pulmonar (TEP) em doentes clinicos, os objetivos deste estudo sao identificar a frequencia de FRs para trombembolismo venoso em pacientes hospitalizados para tratamento clinico e determinar o grau de valorizacao da profilaxia para TEP nesse nivel de atencao terciaria. Conduziu-se um estudo prospectivo e de observacao, selecionando-se 111 pacientes que possuiam um ou mais FRs para TEP entre os doentes internados na Divisao de Clinica Medica do HULW/UFPB, o que representou 51,1 por cento do total de internacoes no setor no periodo do estudo. Observou-se que 57,6 por cento dos doentes possuiam mais de um FR(2,0n1,1), sendo os mais encontrados os seguintes: idade acima de 40 anos (78,4 por cento), imobilidade no leito por mais de cinco dias (17,1 por cento), câncer (15,3 por cento), doenca pulmonar obstrutiva cronica (10,8 por cento), veias varicosas (10,8 por cento), acidente vascular cerebral (9,6 por cento), insuficiencia cardiaca congestiva (9,0 por cento) e lesao no quadril e(ou) extremidades inferiores (9,0 por cento). Apenas 11,2 por cento dos doentes receberam algum tipo de profilaxia para TEP. Os resultados evidenciaram elevada prevalencia de FR para TEP na amostra, embora tais fatores nao tenham sido valorizados em 88,2 por cento dos casos, corroborando a hipotese de que ha uma reduzida taxa de prevencao para trombembolia na pratica hospitalar. E necessaria a elaboracao de rotinas para prevencao de TEP, alem da focalizacao do problema nos programas de educacao medica continuada
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