AVALIAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA ANTISSEPSIA PRÉ-OPERATÓRIA DAS MÃOS DE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DO CENTRO CIRÚRGICO DE UM HOSPITAL DO INTERIOR DO RIO GRANDE DO SUL.

2014 
INTRODUCAO: A infeccao hospitalar ou IRAS (Infeccao Relacionada240a Assistencia240a Saude) e conceituada como uma infeccao que o individuo adquire durante o periodo de hospitalizacao ou apos a alta, se esta estiver ligada ao procedimento realizado. Esse conceito se estende tambem para as Infeccoes de Sitio Cirurgico,240que podem se manifestar ate o trigesimo dia apos a alta hospitalar e, em casos onde houver a colocacao de proteses, ate um ano apos a alta hospitalar.240Esse tipo de infeccao ocupa o segundo lugar no ranking das infeccoes hospitalares e aumenta os custos com a internacao hospitalar, no que diz respeito ao tratamento medicamentoso e ao tempo de internacao. A higienizacao das maos e uma medida eficaz e economica para prevencao destas infeccoes, pois impede que microrganismos presentes nas maos dos profissionais de saude sejam transmitidos para os pacientes. Estudos tem demonstrado que, apos o procedimento cirurgico, ocorrem microperfuracoes nas luvas da equipe cirurgica, as quais passam despercebidas aos olhos do cirurgiao. Os antissepticos mais utilizados na antissepsia pre-operatoria sao: a clorexidina a 2% ou 4%, iodopovidona e os alcoois alifaticos como o isopropanol, etanol e n-propanol. Entre as tecnicas de antissepsia das maos, a escovacao com escovas impregnadas de PVPI ou clorexidina e uma das mais utilizadas, apesar da Organizacao Mundial da Saude nao preconizar o uso de artefatos por ocasionar lesao residual na pele. Novas tecnicas utilizadas na Europa estao ganhando espaco no Brasil, como por exemplo, a friccao de solucao alcoolica que tem como vantagem menor tempo de secagem, facil aplicacao, efeito rapido e amplo espectro bacteriano. OBJETIVOS: Avaliar a microbiota presente nas maos dos profissionais de saude do Centro Cirurgico de um hospital de ensino no interior do Rio Grande do Sul antes e apos antissepsia pre-operatoria, utilizando a tecnica tradicional de escovacao com escova de digliconato de clorexidina 2% e a tecnica de friccao utilizando solucao antisseptica alcoolica de dispensador automatico. METODOS: A amostra foi dividida em duas populacoes, onde uma populacao (n=15) realizou a tecnica de escovacao tradicional com conjunto escova/esponja contendo digliconato de clorexidina 2%, a outra populacao (n=18) realizou a antissepsia das maos utilizando uma solucao alcoolica retirada de dispensador automatico. Foi aplicado um questionario sobre higienizacao das maos a cada participante. A coleta dos especimes foi realizada atraves de swab esteril240 das maos antes e apos a higienizacao e armazenado em tubos de ensaio com o meio liquido BHI ( Brain Heart Infusion ), apos, foram realizadas as provas bioquimicas e coloracao de gram para identificacao das especies, e antibiograma baseado no metodo de Agar Difusao em Disco. RESULTADOS : Das 18 amostras coletadas do grupo que utilizou a tecnica de antissepsia atraves de friccao com solucao alcoolica, apenas 5 amostras apresentaram contaminacao apos a higienizacao das maos. Ja as 15 amostras do grupo que realizou a tecnica de escovacao utilizando escova de digliconato de clorexidina 2%, 12 amostras apresentaram contaminacao apos a antissepsia pre-operatoria. CONCLUSAO: a solucao antisseptica alcoolica foi mais eficaz se comparada a tecnica tradicional de escovacao com digliconato de clorexidina 2%.
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