Descemet Membrane Endothelial Keratoplasty (DMEK): dois anos de experiência no Centro Hospitalar Universitário de São João

2020 
Objetivo: Avaliar os resultados dos primeiros dois anos de DMEK no Centro Hospitalar Universitario de Sao Joao (CHUSJ). Metodos: Analise retrospetiva dos doentes submetidos a DMEK. A melhor acuidade visual corrigida (MAVC) e a contagem de celulas endoteliais foram avaliadas no periodo pre e pos-operatorio. Resultados: O DMEK foi realizado em 24 olhos (23 doentes), sendo 12 doentes do sexo feminino. A media de idades aquando da cirurgia foi de 69,1 (41 a 86) anos. Dos 24 olhos incluidos, 14 apresentavam distrofia endotelial de Fuchs, 8 queratopatia bolhosa, 1 falencia previa de enxerto e 1 sindrome iridocorneoendotelial. Considerando os casos com, pelo menos,1 ano de seguimento, a mediana da MAVC melhorou significativamente de 0,2 para 0,6 (0,2 para 1,0; p=0,003 Wilcoxon Test). Tres casos apresentaram falencia de enxerto no primeiro mes pos-operatorio (2 queratopatias bolhosas e 1 descolamento do enxerto na regiao central), necessitando da realizacao de um novo transplante (1 DSAEK e 2 DMEK). A media de seguimento dos doentes foi de 12,6 (1 a 25) meses. A media da contagem de celulas endoteliais do enxerto dador foi de 2538 (2001 a 2996) cel/mm2. A media da contagem endotelial no primeiro ano pos-transplante foi de 1225,8 (381 a 1875) cel/mm2, com uma perda percentual de celulas endoteliais de 45,1%. Nao foram descritas complicacoes intraoperatorias nem perda de tecido durante a preparacao do enxerto. Conclusao: O DMEK pode oferecer uma melhoria significativa da acuidade visual e parece ser um metodo seguro e eficaz no tratamento de patologia endotelial da cornea.
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