A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E O SENTIDO QUE HABITA A EXPRESSÃO “FIQUE EM CASA!”: a (in)visibilidade das pessoas em situação de rua

2021 
Este trabalho reflete sobre o sentido que habita a expressao “fique em casa!”, no atual contexto pandemico discutindo, inclusive, a condicao de (in)visibilidade sofrida pelas pessoas em situacao. Consideramos os sujeitos aqui investigados como sujeitos da Educacao de Jovens e Adultos (EJA). A EJA no seu sentido lato, que inclui a perspectiva da Educacao ao longo da vida, nao diz respeito a EJA apenas como uma modalidade escolar. Ao contrario, ela leva em consideracao a educacao como um direito. Nossa pesquisa coloca em relevo esses sujeitos - barrados em sua trajetoria escolar ou com passagens intermitentes pela escola. Nesses dialogos trazemos Certeau (2009) e Santos (2010) que nos ajudam a compreender a condicao de (in)visibilidade sofrida pelos sujeitos que sempre estiveram do “outro lado da linha”. O surgimento do tema se deu ao rememorar as vozes desses sujeitos, que de certo modo, sao silenciadas. E isso reflete na expressao que habita “fique em casa!”. Qual o sentido que a expressao “fique em casa!” tem/faz para quem esta na rua?  Quais sao as condicoes de producao desse discurso? Para quem ele se dirige? Quando sao colocadas em abrigos e para protege-las ou proteger as pessoas que “tem casas”? Sao tantas perguntas que ai se desdobram que nos fazem pensar nessas pessoas que estao em situacao de rua, e que nao podem ter seus direitos apagados. A partir das reflexoes, percebe-se que a expressao ratifica a (in)visibilidade dessas pessoas.
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