Baixa prevalencia de hipertensao com tratamento farmacologico e fatores associados

2013 
OBJETIVO: Analisar os determinantes da falta de tratamento farmacologico da hipertensao. METODOS: Foram avaliados 3.323 mocambicanos de 25 a 64 anos em 2005. A pressao arterial, peso, altura e tabagismo foram avaliados segundo o estudo Stepwise Approach to Chronic Disease Risk Factor Surveillance . Os hipertensos (pressao arterial sistolica ≥ 140 mmHg e/ou pressao arterial diastolica ≥ 90 mmHg e/ou terapia anti-hipertensiva) foram avaliados para verificar se eram conscientes de sua hipertensao, se recebiam tratamento farmacologico ou nao farmacologico e se usavam ervas ou remedios tradicionais. Foram calculadas as razoes de prevalencia (PR) para hipertensao nao tratada, ajustadas para caracteristicas sociodemograficas, fatores de risco cardiovascular e tratamento nao farmacologico. RESULTADOS: A maioria dos hipertensos (92,3%) e quase metade dos conscientes de sua hipertensao nao eram tratados com farmacos. Entre os que sabiam ser hipertensos, a hipertensao sem tratamento era mais frequente em homens (PR = 1,61; IC95% 0,56;1,43) e nao podia ser explicada pelo uso de tratamento nao farmacologico (PR = 0,58; IC95% 0,42;0,79); nao havia associacao significativa com os tratamentos tradicionais (PR = 0,75; IC95% 0,44;1,26). CONCLUSOES: A falta de tratamento farmacologico da hipertensao, mais frequente em homens, nao se explica por outros fatores de risco cardiovascular, nem pelo uso de tratamentos tradicionais ou tratamento nao farmacologico. E importante entender as razoes da falta de tratamento da hipertensao diagnosticada e implementar medidas corretivas apropriadas, para reduzir as diferencas no acesso a cuidados de saude entre as populacoes dos paises desenvolvidos e emergentes.
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