Distanciamentos e aproximações nas propostas de filosofia, infância e criança em Walter Kohan e Matthew Lipman

2018 
O presente estudo teve por objetivo analisar, diferenciando as propostas da pratica de filosofia com criancas entre as perspectivas dos professores e teoricos Walter Omar Kohan e Matthew Lipman identificando suas principais aproximacoes e distanciamentos em relacao a Filosofia e as criancas. Optou-se pelo levantamento bibliografico de suas respectivas obras a fim de investigar os fundamentos propostos pelas possiveis leituras de trabalho com filosofia, ja que Kohan apresenta a Filosofia  com criancas, enquanto Lipman a filosofia  para criancas. Entre as obras selecionadas para estudo, no caso do acervo de Walter Kohan, destacamos: “ Que es filosofia para ninos? Ideas y propuestas para pensar la educacion.” ( Oficina de publicaciones del CBC. Universidad de Buenos Aires, 1997); “A infância da educacao: o conceito devir-crianca” (In: Lugares da Infância. Rio de Janeiro: DPA “Visoes de filosofia: infância.” (Alea vol.17 no .2. Rio de Janeiro July/Dec. 2015). Da producao de Matthew Lipman, analisamos “O pensar na educacao” (Petropolis: Vozes, 2008), alem de suas obras disponibilizadas em lingua portuguesa e que apresentam e discutem filosofia para criancas e adolescentes (“Rebeca”, “Issao e Guga”, “Elfie”, “Luisa”, “Pimpa”, “Mark”, “Pixie” dentre outros). Embora parecam semelhantes, observamos ao decorrer do presente trabalho profundas diferencas, que vao desde a proposta metodologica (e falta dela) as bases teoricas. De acordo com a analise das contribuicoes destes autores, pode-se concluir que uma proposta aponta para uma filosofia metodologicamente construida, porem com fragilidades ideologicas, como a proposta de um ensino filosofico e ao mesmo tempo pretensamente neutro que e o caso da Filosofia para Criancas. De outro, conclui-se, com a filosofia com criancas, uma possibilidade para um olhar onde a filosofia se apresente na relacao com criancas de maneira atravessar as experiencias, assemelhando a propria filosofia a infância de modo a aproximar estas experiencias respeitando seu presente e suas particularidades, considerando as infâncias como tambem produtora de filosofias. Afirma-se, no entanto, a defesa da presenca de estudos com a tematica filosofia e infância bem como a necessidade de maior conhecimento do campo, suas obras e seus autores e autoras nos cursos de formacao pedagogica e nas praticas de educacao continuada, ampliando espaco da area de Filosofia para alem dos classicos, restringindo-a ao campo dos fundamentos, mas tendo em vista o trabalho efetivo com criancas, estudantes em geral, professoras e professores.
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