COVID-19 e hospitalizações por SRAG no Brasil: uma comparação até a 12ª semana epidemiológica de 2020
2020
Resumo: A vigilância de sindrome respiratoria aguda grave (SRAG) no Brasil visa a caracterizar a circulacao dos virus Influenza A e B em casos hospitalizados e obitos, tendo sido ampliada em 2012 para incluir outros virus respiratorios. A COVID-19 foi detectada no Brasil pela primeira vez na 9a semana epidemiologica de 2020 e o teste para o virus SARS-CoV-2 foi incluido no protocolo de vigilância a partir da 12a semana epidemiologica. O objetivo deste estudo foi investigar o padrao de hospitalizacoes por SRAG no pais apos a entrada do SARS-CoV-2, comparando o perfil temporal, etario e de resultados laboratoriais com os anos de 2010 a 2019. Em 2020, a hospitalizacao por SRAG, contabilizada desde a data do primeiro caso de COVID-19 confirmado ate a 12a semana, superou o observado, no mesmo periodo, em cada um dos 10 anos anteriores. A faixa etaria acima de 60 anos foi a mais acometida, em nivel acima do historico. Houve um aumento consideravel de testes laboratoriais negativos, sugerindo a circulacao de um virus diferente dos presentes no painel. Concluimos que o aumento das hospitalizacoes por SRAG, a falta de informacao especifica sobre o agente etiologico e a predominância de casos entre idosos, no mesmo periodo de tempo em que cresce o numero de casos novos de COVID-19, e coerente com a hipotese de que os casos graves da doenca ja estejam sendo detectados pela vigilância de SRAG com sobrecarga para o sistema de saude. A inclusao da testagem para SARS-CoV-2 no protocolo de vigilância de SRAG e sua efetiva implementacao sao de grande importância para acompanhar a evolucao dos casos graves da doenca no pais.
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