Efeitos da dependência espacial em modelos de previsão de demanda por transporte
2005
A dependencia espacial para analise de dados de demanda por transportes, que esta entre as principais questoes analitico-espaciais consideradas na analise de transportes, constituiu o foco deste trabalho. Ignorar questoes de analise espacial pode invalidar os resultados da analise, levar a previsoes inadequadas e, consequentemente, a um planejamento ineficiente. Em virtude disso, admitiu-se que a introducao de indicadores de dependencia espacial na modelagem de demanda por transportes deveria produzir resultados mais precisos e, desta forma, mais confiaveis dos que os obtidos com modelos tradicionais. Neste sentido, o principal objetivo deste trabalho foi comparar a projecao de demanda por transportes, especificamente na fase de previsao de viagens produzidas de base domiciliar, realizada atraves de modelos convencionais e de modelos alternativos, que introduzem indicadores para medir a dependencia espacial. O trabalho e todo desenvolvido em ambiente SIG (Sistemas de Informacoes Geograficas), atraves de ferramentas de analise e estatistica espacial, assim como ferramentas de planejamento de transportes de um SIG-T (SIG para Transportes). As ferramentas de analises espaciais serviram tanto para produzir os indicadores de dependencia espacial (variaveis espaciais) como para avaliar os resultados dos modelos. Aplica-se o metodo, que avalia a introducao de indicadores globais e locais de dependencia espacial nos modelos alternativos, atraves de um estudo de caso na cidade de Porto Alegre - RS, que tem por base dados de pesquisa de origem e destino (O-D) obtidos atraves de entrevista domiciliar (EDOM) em dois periodos distintos (1974 e 1986). Estas informacoes correspondem aos dados necessarios do ano base, que foram utilizados na calibracao dos modelos, e do ano meta, que constituiram as informacoes necessarias para analise dos resultados de estimativas futuras. Conclui-se que a introducao de variaveis espaciais e importante, uma vez que os melhores resultados foram obtidos com modelos alternativos, tanto na etapa de calibracao e diagnostico dos modelos como na etapa de validacao (estimativas futuras). No entanto, a dinâmica apresentada pelo desenvolvimento urbano, como e o caso de Porto Alegre, acarreta alteracoes nas relacoes entre as diferentes variaveis com o fenomeno estudado, modificando, inclusive, os padroes espaciais. Esta conclusao e dada pelo fato que, o modelo mais ajustado para os dados do ano base nao foi o que apresentou os melhores resultados para estimativas futuras. Isto conduz a hipotese, a ser explorada em trabalhos futuros, de que a analise desta dinâmica e o estudo de formas de considera-la nos modelos de demanda por transportes pode produzir resultados ainda melhores
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