AHISTÓRIAÉ COMO UM ORGANISMO: CONCEPÇÕES SOBRE AHISTÓRIADAEDUCAÇÃO FÍSICA.

2009 
Este trabalho constitui-se em um desmembramento de uma pesquisa, iniciada no ano de 2006 e apresentada no VI Congresso Luso Brasileiro de Historia da Educacao, que tinha por objetivo saber se o ensino da historia da educacao fisica seguia ou nao uma visao historiografica linear. O material coletado permitiu uma serie de levantamentos posteriores que nao estavam no escopo daquela pesquisa. No presente artigo, buscamos compreender a concepcao que alunos do curso de formacao de professores de educacao fisica possuem de historia, a partir das respostas de um questionario realizado com 131 alunos de licenciatura de uma universidade federal. Apos uma analise baseada nos cânones da retorica, bem como nos trabalhos de linguistica de cognitiva de Lakoff & Johnson (1980, 1999) foi possivel identificarmos que 60,30% dos alunos percebem a historia como um organismo morto, enquanto 39,70% a percebem como um organismo vivo. Isso indica que as concepcoes que esses alunos possuem sobre a historia sao presididas por uma metafora ontologica: “A historia e como um organismo”. Sustentada nessa metafora orgânica, a narrativa da educacao fisica tem funcionado como um discurso epiditico, que louva (mantem viva) e censura (enterra) tomadas de posicao a respeito do que deve ser feito. Isso indica que a historia e vista como um percurso determinado cujo fim e conhecido pelo seu narrador/cooptador. Essa concepcao acerca da historia, contida nos livros didaticos de maior abrangencia na area, esta presente no discurso destes alunos.
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