PERFIL DAS PISCICULTURAS NAS MICRORREGIÕES DO SUDESTE DO PARÁ E IMPACTOS DA PANDEMIA DA COVID-19 / FISH FARMS PROFILE IN THE SOUTHEAST MICROREGIONS OF PARÁ AND IMPACTS OF THE COVID-19 PANDEMIC
2020
O estado do Para possui grande capacidade hidrica para aumentar a producao de peixes, entretanto a atividade aquicola no estado e incipiente. O objetivo do projeto foi caracterizar o perfil dos piscicultores e as pisciculturas na Mesorregiao do Sudeste Paraense, com isso, foram entrevistados 24 piscicultores das Microrregioes de Redencao do Para e Parauapebas (M1), Maraba e Tucurui (M2) e Sao Felix do Xingu (M3). Os resultados levantados evidenciaram que a pratica aquicola e exercida a mais de cinco anos nas microrregioes M1 e M2, sendo mais de 50% da producao para a comercializacao, porem na regiao M3 a atividade e mais recente entre um a cinco anos e a producao para o comercio e lazer ou para subsistencia familiar. A maioria dos piscicultores da regiao M1 ja realizaram treinamento tecnico para producao de peixes e mesmo que boa parte deles possuam apenas ensino fundamental completo e incompleto, a grande maioria realiza o controle financeiro. Em todas as microrregioes entrevistadas, os principais peixes produzidos sao o tambaqui e seus hibridos (tambacu e tambatinga), seguido da tilapia, sendo que a maioria dos piscicultura nas regioes M2 e M3 comercializam menos que 100kg/peixes/mes em menos de cinco hectares de lâmina d’agua, com sistema de producao semi-intensivo a extensivo, respectivamente. A mao de obra na microrregiao M3 e predominantemente familiar com uma pessoa trabalhando diretamente na atividade. O escoamento da producao e realizado predominantemente na forma informal, com a venda dos peixes vivos tanto direto para os consumidores finais como para os atravessadores. Nas regioes M1 e M2 mais da metade dos piscicultores realizam a pratica da quarentena nas propriedades e esse manejo e refletido no indice de problemas sanitarios das propriedades, onde mais de 60% disseram que nunca tiveram problemas graves de mortalidade, diferentemente da microrregiao M3 que a pratica da quarentena e baixa, incidindo diretamente na presenca de doencas nos peixes produzidos. Com a pandemia da COVID-19 os piscicultores tiveram reducao de razoavel a drastica com a producao dos peixes, devido ao aumento do preco dos insumos e a comercializacao foi variavel, pois na microrregiao M1 a reducao foi de ate 60% e nas regioes M2 e M3 de 50% a 12,5%, respectivamente. A falta de incentivos governamentais para implementacao de politicas publicas para auxiliar os pequenos produtores na legalizacao das propriedades como a oferta de assistencia tecnica gratuita, os valores elevados das racoes e a ausencia de frigorificos para comercializacao dos peixes no mercado formal sao os maiores problemas encontrados na producao e comercializacao de pescados nas Microrregioes do Sudeste do Para.
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