Septicemia por Staphylococcus aureus

1986 
Foram analisados 53 casos de septicemia estafilococica comprovada por hemoculturas positivas. Em 60,4% deles identificou-se alguma condicao comprometendo a defesa do hospedeiro, em especial doencas hematologicas e cardiovasculares. Destes, 65,6% infectaram-se na comunidade. Os demais (34,4%), estavam internados e foram contaminados por germe hospitalar atraves de procedimentos diagnosticos ou terapeuticos. Apresentavam-se, na maioria, com quadros clinicos e laboratoriais mascarados por suas doencas basicas, dificultando o diagnostico e retardando o inicio do tratamento adequado. O aspecto radiologico das lesoes pulmonares sugestivas de disseminacao hematogenica, dado relevante para a suspeicao de sepsis estafilococica, foi pouco encontrado nestes doentes, os quais mais frequentemente apresentavam broncopneumonias. Aqui observou-se alto indice de sensibilidade aos antibioticos em geral, porem apenas cerca de 10% de sensibilidade as penicilinas naturais. A mortalidade foi elevada, especialmente entre os portadores de septicemia adquirida em ambiente hospitalar (72,6%). No grupo restante (39,6%) nao se detectou qualquer condicao comprometendo a defesa dos pacientes. Todos adquiriram a sepsis na comunidade. A porta de entrada, naqueles em que foi possivel identifica-la, foi sempre uma lesao de pele. Apresentavam-se a internacao em estado infeccioso agudo, com hemogramas indicativos de processo bacteriano e radiogramas de torax com lesoes sugestivas de septicemia estafilococica em mais de 50% deles. O diagnostico correto e o inicio da antibioticoterapia adequada foram feitos precocemente em cerca de 80%. Tambem neste grupo houve grande resistencia as penicilinas naturais. A mortalidade foi de 33,3% (AU)
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