Definição do ponto de corte do índice de massa corporal para o diagnóstico de obesidade e identificação dos fatores de risco cardiovascular em adolescentes com síndrome de Down

2015 
Estrutura da Tese: Estudo estruturado pelo "modelo Escandinavo", denominado de "modelo alternativo" no Programa de Pos-Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente da Faculdade de Ciencias Medicas da Universidade Estadual de Campinas (FCM ? Unicamp). Esta tese esta composta por introducao geral, objetivos, capitulos (1 e 2) e conclusao geral. A introducao geral aborda: aspectos sobre a sindrome de Down (SD); da obesidade com temas direcionados a fisiopatologia, tipos, incidencia e diagnostico em criancas e adolescentes; da obesidade na SD; da associacao da obesidade com a doenca cardiovascular (DCV), como tambem a avaliacao dos fatores de risco cardiovascular em individuos com e sem SD. Os capitulos 1 e 2 estao em formato de artigo. Na conclusao geral foram apresentadas as principais conclusoes dos dois artigos. As referencias bibliograficas foram apresentadas no final de cada capitulo e da tese. Objetivos: Os objetivos do presente estudo sao: (1) estimar o ponto de corte do Indice de Massa Corporal (IMC) para o diagnostico de obesidade em adolescentes com SD de acordo com diferentes referencias para classificacao do IMC em relacao ao percentual de gordura corporal (%GC) avaliado pela absorciometria com raios-X de dupla energia (DXA) e (2) avaliar os fatores de risco cardiovascular em adolescentes com SD e compara-los em relacao ao diagnostico de obesidade estabelecido pelo escore z do IMC da World Health Organization (WHO). Casuistica e Metodos: Participaram no primeiro artigo (capitulo 1) 34 adolescentes com SD e no segundo artigo (capitulo 2) 32, de ambos os sexos (idade: 10 e 17 anos). No capitulo 1, duas tecnicas foram utilizadas para avaliar a composicao corporal: IMC e DXA. O IMC foi avaliado de acordo com as referencias da International Obesity Task Force (IOTF), da WHO para populacao geral, e de Myrelid et al. e Styles et al. para populacao com SD. O %GC foi avaliado pela DXA de corpo inteiro e classificado de acordo NHANES 2011. No capitulo 2, o IMC considerado como alterado foi ?2,00. Foram avaliados circunferencia da cintura, pressao arterial, perfil lipidico, HOMA-IR e proteina C reativa (PCR). O colesterol total, o HDL, o LDL, os triglicerides, o HOMA-IR e a PCR foram considerados fatores de risco cardiovascular e analisados em relacao ao escore z do IMC. Resultados: No capitulo 1, apenas os meninos apresentaram a altura significativamente maior que as meninas e estas %GC maior que os meninos. Todas as referencias que usaram IMC para avaliar obesidade apresentaram associacao positiva com o %GC avaliado pela DXA no diagnostico de obesidade. Utilizando a curva ROC em relacao ao %GC pela DXA, todas as referencias apresentaram alta sensibilidade, porem, o escore z do IMC pela WHO apresentou melhor especificidade, com o valor da acuracia de 82% para o ponto de corte >2,14. No capitulo 2, seis adolescentes nao apresentaram nenhum dos seis fatores de risco cardiovascular, 15 apresentaram um ou dois fatores de risco e 11 apresentaram tres ou mais. O escore z do IMC com melhor sensibilidade (81,8%), especificidade (71,4%) e acuracia (72%) para identificar os grupos com menos de tres ou tres ou mais fatores de risco cardiovascular foi o 2,14. Conclusao: De todas as referencias utilizadas para o diagnostico de obesidade o ponto de corte do escore z >2,14 de IMC da WHO mostrou melhor especificidade. O ponto de corte do escore z >2,14 de IMC da WHO confirmou ser o melhor ponto de corte para diagnostico de obesidade relacionada a risco de DCV entre adolescentes com SD.
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