A INTERPRETAÇÃO DAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS E O PERFIL DO EGRESSO EM EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA ANÁLISE EM INSTITUIÇÕES NO RIO GRANDE DO SUL

2017 
INTRODUCAO A publicacao das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para a formacao de licenciados e de bachareis nos anos de 2002 e de 2004 configurou interpretacoes diferenciadas na formacao em Educacao Fisica no Brasil. Neste sentido, o objetivo deste estudo procurou compreender de que forma os curriculos de formacao em Educacao Fisica de cinco instituicoes no Rio Grande do Sul definem os egressos de suas instituicoes. OS CURRICULOS DA EDUCACAO FISICA Observa-se que o modelo de formacao usado ate os anos de 1980 proporcionou pensamentos diferenciados na area de Educacao Fisica, porem, continuou proliferando os cursos de licenciatura. A Resolucao 03/1987 possibilitou a construcao de bacharelados, mas os professores oriundos da licenciatura continuaram tomando conta do mercado que estava em ampliacao. Este processo se estendeu ate a promulgacao das DCN com as Resolucoes 01 e no. 02 de 2002. Com base nestas orientacoes a interpretacao inicial foi de que a formacao de professores para atuar na educacao basica seria especifica (SILVA, 2010). Segundo Scherer (2005), apesar de resistencias, foi promulgada a Resolucao 07/2004 que estabeleceu a legitimidade da formacao do bacharel em Educacao Fisica, deixando a entender que passaria entao a existir dois profissionais distintos atuando em areas especificas: o licenciado nos espacos escolares e o bacharel em espacos nao escolares. METODOLOGIA Este estudo caracteriza-se como uma pesquisa documental que envolve a analise dos projetos pedagogicos (PPC) de cincos IES do Rio Grande do Sul que mantem cursos de licenciatura e de bacharelado em Educacao Fisica. As instituicoes foram divididas em: Instituicao “A”, “B” e “C” que representam o sistema privado e as Instituicoes “D” e “E” o ensino publico. ANALISE DAS INFORMACOES A instituicao “A” concebe o perfil de egresso diferenciado das duas modalidades de formacao. O curso de bacharelado aponta para a saude, o lazer o rendimento e a gestao como areas de atuacao proprias. Ja o perfil de egresso do licenciado e caracterizado pela atuacao na educacao basica. A instituicao “B” define o perfil do egresso do bacharelado como o profissional que atende a expansao do mercado de trabalho frente as novas necessidades da vida moderna. Ja a licenciatura aponta claramente para atuacao na Educacao Basica nos diferentes niveis de ensino. A instituicao “C” reconhece a divisao da Educacao Fisica em duas formacoes que descrevem um desenvolvimento academico especifico para as areas de atuacao. A licenciatura define o campo de atuacao para a educacao basica. Ja o bacharelado relaciona a utilizacao dos elementos da cultura corporal de movimento e dos principios da promocao da saude. Quando se analisa os perfis de egressos da instituicao “D” observa-se que tambem ha duas modalidades de formacao em Educacao Fisica. O licenciado tem carater de formacao ampliado podendo intervir na escola e fora dela. Ja o bacharel atua na promocao da aprendizagem e a pratica de elementos da cultura corporal do movimento no campo do esporte, do lazer e da saude. A instituicao “E” define o egresso em licenciatura para atuacao na Educacao Basica. Ja, o bacharelado e o profissional generalista com conhecimento e capacidade de analise e intervencao nos diferentes campos profissionais. CONCLUSOES Pode-se verificar que os perfis de egressos dos formandos das instituicoes privadas e uma publica seguem as interpretacoes das DCN por modalidade. Elas compreendem haver dois cursos de formacao para mercados de trabalhos diferentes, com um carater de intervencao particular as areas especificas e determinam perfis distintos. Ja, a Instituicao “C” compreende que a sua formacao em licenciatura da direito ao egresso atuar em qualquer campo de trabalho alegando que ha discriminacao por parte das DCN que restringem a intervencao do professor ao sistema educacional. Utiliza o conceito de autonomia universitaria para construir um curriculo de licenciatura ampliado com base epistemologica propria, com uma entrada de vestibular unica. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS SCHERER, A. Educacao Fisica e os Mercados de Trabalho no Brasil: Quem Somos, Onde estamos e para onde vamos? In: Formacao Profissional em Educacao Fisica e Mundo do Trabalho. Vitoria/ES: Grafica da Faculdade Salesiana, 2005, p. 31-45. SILVA, O. O. N. Bacharelados em Educacao Fisica: uma incognita na formacao profissional. In: Revista Digital Efdeportes, Ano 14; n. 140, p. 1-5, Enero 2010.
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