Avaliação do potencial antioxidante de Ilex Paraguaniensis in vitro

2012 
IntroducaoO estresse oxidativo e definido como sendo um desequilibrio entre a producao de radicais livres, especies reativas de oxigenio ou nitrogenio e os mecanismos de defesa antioxidantes. Radicais livres sao moleculas muito instaveis, que possuem um par de eletrons desemparelhados. Os radicais livres e as especies reativas de oxigenio sao produzidas todo o tempo por nossas celulas. O excesso dessas especies reativas pode desenvolver desordens em diferentes biomoleculas, tais como DNA, proteinas e lipidios. As substâncias antioxidantes atuam capturando estes radicais livres, impedindo o estresse oxidativo.A Ilex paraguariensis e uma especie vegetal, popularmente conhecida como erva mate. Esta apresenta propriedades estimulantes no SNC (atribuido ao seu conteudo de metilxantinas e alcaloides) e e tambem conhecida por conter compostos com propriedades antioxidantes (acidos fenolicos, taninos e flavonoides).Objetivo: O objetivo deste presente trabalho foi avaliar in vitro o potencial antioxidante do extrato aquoso de Ilex paraguariensis pelo ensaio de degradacao oxidativa da desoxirribose induzido por FeSO4 e/ou H2O2. Alem disso, estudamos a capacidade do extrato aquoso interferir no ciclo redox do Fe (Fe²+–Fe³+) por meio dos ensaios de quelacao do Fe²+ e potencial redutor do Fe³+.   Metodologia          A amostra do extrato aquoso de Ilex paraguariensis foi preparada numa          concentracao de 3% a partir do material vegetal, obtido de fonte comercial, por meio de uma infusao por 10 minutos da amostra a 94o C. O teste da degradacao oxidativa da desoxirribose, se baseia na reacao do acido tiobarbiturico (TBA) com produtos da degradacao oxidativa da desoxirribose formando adutos coloridos, os quais sao detectados espectrofotometricamente. Para examinar as propriedades quelantes de Fe²+ e a propriedade redutora de Fe³+ pelo extrato aquoso de Ilex Paraguaniensis utilizou-se o metodo da o-fenantrolina, baseando-se na reacao do Fe²+ com a o-fenantrolina formando um complexo colorido. Os resultados foram analisados pela ANOVA de uma via seguida de post-hoc quando apropriado. Foi adotado um nivel de significância de 5%. Resultados e DiscussoesO extrato aquoso de Ilex paraguariensis nao preveniu significativamente a degradacao da desoxirribose nem a producao de TBARS induzida por Fe²+ e/ou H2O2 nas concentracoes estudadas (10 - 1000 µg/mL). Entretanto nos ensaios de quelacao de Fe II e na capacidade de reduzir Fe²+ o extrato na concentracao 1000ug/ml de Ilex paraguanienis mostrou significativa atividade quelante, bem como capacidade redutora de Fe3+. ConclusaoNeste trabalho vimos que o extrato aquoso de Ilex paraguariensis apresentou atividade quelante de Fe²+ e mostrou-se capaz de reduzir o Fe³+ o que implica que o mesmo pode interagir no ciclo redox do mesmo. Entretanto, o extrato nao mostrou-se capaz de inibir a degradacao da desoxirribose induzida por Fe²+ e/ou H2O2.  Esses resultados preiminares sugerem que algum(ns) componente(s) do extrato aquoso de Ilex Paraguaniensis tem potencial de interacao com ions Fe²+ e/ou Fe³+, podendo modular seu ciclo redox. Entretanto, mais estudos sao necessarios para um melhor entendimento do(s) mecanismo(s) envolvido(s) no efeito aqui observado.
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