A presença do autor em Finisterra, de Carlos de Oliveira

2020 
Movimentos como o formalismo russo, o new criticism e o estruturalismo frances defendiam que criterios como autor e intencao deveriam ser varridos do horizonte critico para instaurar-se a condicao de objetividade necessaria ao estudo cientifico das obras literarias. Entretanto, em ultima instância, nossa experiencia de leitores continua a nos dizer que tais criterios desempenham papel importante na construcao do significado das obras. Nessa breve leitura de Finisterra, de Carlos de Oliveira, narrativa complexa, que a primeira vista enfraquece os sinais de autoria, propomos uma “via intermediaria” para a abordagem da categoria autor. Quer dizer, evitamos, por um lado, o que W.K. Wimsatt (1946) chama a falacia intencional, “que sustenta a intencao do autor como criterio para qualquer interpretacao valida do texto”, e, por outro, o que Paul Ricoeur designa por “falacia do texto absoluto”, isto e, “o tratamento do texto como uma entidade sem autor” (RICOEUR, 1976, p. 42).
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