Avaliar para aprender: um ato de insubordinação criativa

2021 
Com o fechamento das escolas em 2020, surgiu a necessidade de ressignificar as atividades de ensino para modelos nao presenciais e, consequentemente, adaptar as formas de avaliacao. Os professores se viram obrigados a se reinventar, buscando estrategias diversificadas e, ate mesmo, insubordinadas, no sentido criativo sugerido por D’Ambrosio e Lopes (2015), para ensinar e avaliar. A questao que afligiu diversos professores, ‘como avaliar a distância?’ nos fez refletir em uma questao antiga, mas ainda atual, ‘para que avaliar?’. As concepcoes de avaliacao atravessaram o seculo passado, constituindo quatro geracoes: a avaliacao como uma medida, uma descricao, um juizo de valor e a Geracao da Avaliacao como Negociacao e Construcao. As tres primeiras sao alicercadas no paradigma psicometrico de avaliacao, no qual ha uma tendencia de a avaliacao centrar-se mais nos resultados ou nos produtos do que no processo de aprendizagem. A quarta geracao pode ser apresentada como uma avaliacao insubordinada, pois esta relacionada com o feedback formativo e com a dupla diversificacao avaliativa. Assim, este trabalho tambem apresenta praticas avaliativas insubordinadas dentro da sala de aula tradicional e dentro de ambientes virtuais de aprendizagem, revelando que e possivel sair do paradigma positivista, e transformar a avaliacao da aprendizagem em uma avaliacao para a aprendizagem, mais construtivista, mais dialogica, mais inclusiva. Avaliar para aprender pode ser uma utopia no sentido freiriano da palavra, mas nao ha nada mais insubordinado do que sonhar.
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