Quantificar a Probabilidade de Óbitos, uma Pratica Desumana Baseada no Apache Ii

2014 
Introducao: o Brasil conta com 1,3 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para cada 10.000 habitantes, ha um aumento constante na demanda por servicos e sempre havera uma demanda por servicos maior que a necessidade, sendo que, o aumento da oferta sempre acarreta em aumento da demanda, criando-se assim um sistema de dificil equilibrio. para contornar tal realidade existe as Centrais de Regulacao de Leitos (CRL) que sao norteadas pelas diretrizes do Sistema Unico de Saude (SUS), mais em essencia sao uma forma de racionalizar os recursos disponiveis. um meio de se regular as admissoes nesses setores e a partir dos escores do Acute Physiology and Chronic Health Evaluation (APACHE II), um indice prognostico que quantifica a probabilidade de obito dos pacientes, aqueles com maior chance de morrer sao recusado. Objetivos: Analisar os criterios de admissao de pacientes em UTIs de Minas Gerais e demonstrar o quao desumano se mostra esta pratica baseada no APACHE II. Metodos: Trata-se de um estudo observacional, prospectivo e quantitativo a ser realizado com pacientes admitidos pela CRL em UTI-adulto do Norte de Minas. Resultados: Entre os meses de setembro de 2012 e setembro de 2013 foram admitidos 340 pacientes, destes 229 (67%) vieram do proprio hospital e 111 (33%) foram admitidos pela central, com uma taxa de obito de 42%, vale ressaltar que 25% (37/145) dos obitos aconteceram com menos de 48 horas de internacao. Os diagnosticos primarios encontrados foram distribuidos em disturbios dos sistema neurologico, cardiovascular, respiratorio gastrointestinal e metabolicos, pacientes com diagnosticos diferentes dos pre-estabelecidos eram recusados. Todos os pacientes admitidos pela CRL tiveram escore < 28 pontos, ou seja, nao estavam nem muito bem nem muito mal, mas muitos pacientes nem se quer tiveram a chance de entrar na UTI por terem sido considerados criticos de mais e morreram sem assistencia devida. Conclusao: como diria Fernando Pessoa, “navegar e preciso; viver nao e preciso”, nesse sentido o termo “preciso” e apropriado na dimensao de “exatidao”, nao somente de “necessidade, o poeta
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