Esfera pública, cultura política e democratização no Brasil pós-1988

2018 
O engendramento da experiencia democratica no Brasil contemporaneo, sob a egide do repositorio teorico-normativo do liberalismo democratico e suas floracoes teoricas mais recentes, suscita, em tese, a existencia de uma esfera social na qual o desenvolvimento atitudinal de disposicoes racionais (orientadas a fins ou a valores) e dado como insito ao caldo de cultura que precede e/ou informa o evolver da participacao politica e o comportamento das instituicoes politicas do pais. Partindo do suposto de que como parte (ainda que periferica) da modernidade capitalista oci- dental, a sociedade civil brasileira viria a superar o autoritarismo legado do regime militar por intermedio de suas agencias de socializacao politica oriundas dos movi- mentos sociais de base (SADER, 2001; WEFFORT, 1985) ou, em sentido lato, da propria orbita do universo emergente dos interesses de classe (CARDOSO, 1988), a transicao democratica no Brasil cumpriu, dos pontos de vista normativo e procedimental, o movimento descrito pelos paises de democracia avancada, que adotaram como me- todo democratico o pluralismo competitivo de extracao schumpeteriana, o qual possui desdobramentos ulteriores no mainstream teorico-analitico da Ciencia Politica con- temporanea, condensado em torno da chamada rationa lchoice theory e sua ontologia que concebe a acao social como corolario de interacoes estrategicas de individuos ape- titivos que visam a maximizacao de suas preferencias.
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