Enxertia do tomateiro (Solanum licopersicum L.) em genótipos de solanáceas para o controle da murcha bacteriana (Ralstonia solanacearum Smith 1896).

2019 
Na Amazonia, o cultivo do tomateiro e inviabilizado, principalmente, pela infestacao natural de Ralstonia Solanacearum no solo. O controle preventivo por meio da enxertia tem sido uma das principais formas de reverter o problema. Objetivou-se avaliar a compatibilidade de diferentes genotipos de solanaceas como portaenxertos para o tomateiro cultivar Santa Clara na fase de mudas e em solo naturalmente infestado com R. solanacearum no Nordeste Paraense, visando o controle da murcha bacteriana. Foram realizados dois experimentos onde foi empregada a cultivar Santa Clara como enxerto. Foram avaliados cinco portaenxertos: T1- cubiu (Solanum sessiliflorum); T2- acesso de jurubeba vermelha (Solanum stramoniifolium Jacq.); T3- acesso de jurubebao (Solanum crinitum LAM.); T4- portaenxerto comercial de tomateiro hibrido guardiao (Takii Seed®); T5- tomateiro cultivar Santa Clara (Feltrin®) (autoenxertia). O primeiro experimento foi realizado em fase de muda, avaliando-se o pegamento da enxertia (PE), comprimento da raiz (CR), altura de mudas (AM), numero de folhas (NF), diâmetro do enxerto (DE) e do portaenxerto (DP), massa fresca do caule (MFC) e das folhas (MFF), e massa seca do caule (MSC) e das folhas (MSF). O segundo experimento foi realizado em campo, avaliando-se, primeiramente, o crescimento das plantas de 30 a 110 dias apos o transplantio, em intervalos de 16 dias. As variaveis utilizadas foram: numero de folhas (NF), altura da planta (AP), diâmetro a ±1 cm acima do calo da enxertia (DAE), diâmetro no calo da enxertia (DNE) e diâmetro a ±1 cm abaixo do calo da enxertia (DBE). A produtividade media foi obtida avaliando-se o numero de frutos por planta (NFP), massa fresca do fruto (MFF), massa seca do fruto (MSF), solidos soluveis totais (SST), diâmetro transversal do fruto (DT), diâmetro longitudinal do fruto (DL), e produtividade. Os dados coletados foram submetidos ao teste “F”, e as medias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Para os dados de crescimento foi realizada analise de regressao individualizada para cada tratamento em funcao do tempo. Na fase de muda, os portaenxertos guardiao e jurubeba vermelha apresentaram melhores desempenhos. Em campo, a jurubeba vermelha apresentou baixa compatibilidade, embora, esta tenha obtido melhor desempenho produtivo entre os portaenxertos silvestres. O guardiao obteve melhor compatibilidade e produtividade dentre os portaenxertos estudados. Todos os portaenxertos, com excecao do autoenxerto, foram resistentes a R. solanacearum.
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