Treinamento físico melhora a disfunção quimiorreflexa em ratos diabéticos por estreptozotocina

2004 
O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do treinamento fisico na pressao arterial, na frequencia cardiaca e na sensibilidade quimiorreflexa em ratos diabeticos por estreptozotocina. Os animais foram divididos em grupos controle (CS, n = 6), diabetico sedentario (DS, n = 6) e diabetico treinado (DT, n = 6). Uma semana apos a inducao do diabetes (Estreptozotocina, 50 mg/kg), ratos machos Wistar foram submetidos a um protocolo de treinamento fisico em esteira ergometrica por 10 semanas. Os sinais de pressao arterial foram gravados e processados em um sistema de aquisicao dedados (CODAS,1KHz). Cianeto de potassio (KCN,100 ug/kg) foi utilizado para avaliar a resposta bradicardica desencadeada pela estimulacao dos quimiorreceptores. A bradicardia e a hipotensao do diabetes (DS:274 mais ou menos 6 bpm e 94 mais ou menos 2 mmHg vs CS:332 mais ou menos 5 bpm e 108 mais ou menos 2 mmHg) foram atenuadas pelo treinamento fisico (DT:299 mais ou menos 5 bpm e 107 mais ou menos 2 mmHg). A resposta bradicardica foi menor nos ratos DS(33 mais ou menos 5 bpm) quando comparado aos ratos CS (182 mais ou menos 3 bpm) e DT (89 mais ou menos 10 bpm). Concluindo, o treinamento fisico reverteu a hipotensao e a bradicardia e melhorou a sensibilidade quimioreflexa em ratos STZ. Considerando que diabeticos com reflexos cardiovasculares anormais apresentam maior mortalidade que diabeticos com funcao reflexa autonomica normal, os resultados obtidos sugerem que o treinamento fisico pode contribuir para a reducao do risco cardiovascular nesta populacao devendo ser considerado no manejo do paciente diabetico.
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