Obstrução brônquica máxima induzida em crianças asmáticas: análise dos indicadores de susceptibilidade brônquica aumentada à metacolina

1997 
RESUMO Neste trabalho, efectuaramse testes de provocacao bronquica maxima com metacolioa em 17 criancas asmaticas, com dois dos metodos de administracao de aerossois mais frequentemente usados, dosimetrico e de volume corrente, com os objectivos de: 1) avaliar a reprodutibilidade dos indicadores de susceptibilidade bronquica aumentada: PD 20 /PC 20 FEV 1 declive da curva de dose-resposta (CDR) e grau de reducao maxima do FEV 1 (MFEV 1 ) ou plateau ; 2) verificar se a formula de calculo do declive e a utilizacao de diferente numero de ponto e traduzem por valores semelhantes, para o que e compararam, na mesma CDR, os declives calculados por regressao linear: entre si, em diferentes fases da curva de dose-resposta e tam bern como calculados pela formula simplificada de O'CONNOR; 3) determinar se o valor do declive de uma prova de obstrucao maxima pode er extrapolado a partir dos testes de provocacao recomendados para a clinica (que terminam imediatamente apos o limiar de 20% de reducao do FEV 1 ter sido atingido); e 4) comparar OS declives e os valores do grau de obstrucao maxima induzidos pelo metodo do dosimetro com os obtidos pelo metodo do volume Corrente. Para esse efeito, administraram-se doses/concentracoes crescentes de cloridrato de metacolina ate se atingir um plateau (variacao entre dois pontos consccutivos ≤ 5%); ou uma reducao ≥ 50% do valor medido apos inalacao do solvente. A SaO 2 foi medida em condicoes basais e 90 segundos apos a inalacao do solvente e de cada dose de metacolina, atraves de um oximetro de pulso. Nao se observaram difercncas significativas entre os indicadore de susceptibilidade bronquica em dois testes realizados com 5 a 10 dias de intervalo, tanto para o metodo do dosimetro (n=6) como para o metodo do volume corrente (n=S), quer os PD 20 FEV 1 , quer os PC 20 FEV 1 , encontravam-se dentro dos limites de reprodutibilidade recomendado e nao e observaram diferencas significativas entre os declives, qualquer que fosse o metodo de calculo ou a fase da curva analisada. Por outro lado, encontraramse diferencas significativas entre o declives calculados por regressao linear nas diferentes fase da CDR. O mesmo se verificou em relacaao aos valores deste parâmetro determinados por formulas diferentes. Nao se observaram diferencas entre os declives das CDR obtidas, no mesmo individuo, pelo metodo do dosimetro e pelo metodo do volume corrente. As variacoes da SaO 2 durante as provas nao excederam -7% do valor basal, sugerindo nao terem existido repercussoes significativas sobre a trocas gasosas, mesmo com reducoes do FEV 1 > 50%. Em conclusao: o PD 20 FEV 1 /PC 20 FEV 1 e os declives da CDR foram reprodutiveis, com os do is metodos; as relacoes entre o estimulo administrado e a resposta das vias aereas variaram significativamente ao longo das provas; o grau de obstrucao induzido em provas de obstrucao bronquica maxima nao pode ser extrapolado a partir dos declives catculados em CDR parciais tal como sao recomendados para a clinica; finalmente, o declive e o grau de obstrucao maxima foram semelhantes em testes realizados com diferentes sistemas de geracao e inalacao de aerossois.
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