Pós-modernismo formal em Diário de um ano ruim, de J. M. Coetzee
2017
Diario de um ano ruim e um romance do escritor sul-africano J. M. Coetzee, em que ha tres narrativas simultâneas, cada uma com um narrador diferente, divididas por um traco que percorre toda a pagina. A partir de uma discussao teorica sobre o pos-modernismo aplicado a literatura, este artigo tem como objetivo analisar como a forma de Diario de um ano ruim contempla as quatro principais caracteristicas deste movimento: o dinamismo da forma, a desconstrucao de generos literarios, a ex-centricidade e a ironia. Para a discussao teorica e a analise do texto, foram usadas pesquisas de Hutcheon (1998), Jameson (1991) e Deleuze e Guattari (1995), autores que problematizam sobre o pos-modernismo, alem de estudos sobre literatura de Barthes (1987) e Eco (1991). Como resultados, essas caracteristicas do pos-modernismo sao percebidas na forma da obra extrapolando limites considerados rigidos do texto, como hibridismo e desconstrucao do genero literario. Ainda, Diario de um ano ruim bagunca com os valores outrora inflexiveis da linguagem, necessitando uma relacao mais intensa do leitor com a linguagem, pois este precisa relacionar as diversas lacunas e fazer inumeras ligacoes possiveis entre a(s) narrativa(s) a fim de buscar alguma unificacao na obra
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