INFÂNCIA E EDUCAÇÃO INFANTIL INDÍGENA: UM ESTUDO DA CRIANÇA APINAJÉ
2017
Neste artigo apresenta-se parte do resultado de uma pesquisa realizada nas aldeias Apinaje de Sao Jose e Bonito. Os Apinaje sao povos indigenas pertencentes ao Tronco Macro-Je e a Familia Linguistica Je que vivem no estado do Tocantins, na regiao do Bico do papagaio, estando sua populacao atualmente estimada em 2.282 habitantes distribuidos por 27 aldeias (DSEI, 2015). Utilizando os principios metodologicos das pesquisas qualitativa, etnografica e participante, o estudo tem por objetivo conhecer a acao das escolas dessas aldeias, alcancando as praticas pedagogicas, o curriculo, e a relacao professor-aluno, em duas classes de alfabetizacao, considerando o valor da cultura desse povo, tambem, dentro da educacao escolar. Ao final da pesquisa verificou-se que as escolas precisam estabelecer relacoes mais estreitas com a vida e o cotidiano da aldeia. Que as praticas culturais das criancas, nomeadamente folguedos e brincadeiras, podem ser aportes facilitadores de uma educacao diferenciada, considerando ser esta uma conquista dos povos indigenas brasileiros, garantida por instrumentos juridicos nacionais e internacionais. Nesse sentido encontra-se nas teorias de Walter Benjamin (1984) e Luis da Câmara Cascudo (2004) alusoes a uma pedagogia ludica, atestando a funcao socio-educativa das brincadeiras infantis, considerando o carater atemporal dessas atividades. Ademais, brinquedos e brincadeiras sao construcoes socio-culturais que se apresentam como possibilidade real de aprendizagem. No tocante as criancas Apinaje constata-se que essas manifestacoes acontecem naturalmente e que se apresentam repletas de significados, evidenciando aos aspectos culturais desses povos.
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