O USO DE INTERFERON-BETA NO TRATAMENTO DE ESCLEROSE MÚLTIPLA

2021 
Introducao: A Esclerose Multipla (EM) e uma doenca autoimune que acomete o sistema nervoso central (SNC), promovendo a destruicao da bainha de mielina. E considerada rara, cuja epidemiologia e de 30 para 100.000 pessoas no mundo, sendo mais comum em mulheres. Essa doenca apresenta como um dos sintomas mais recorrentes a fadiga, caracterizando-se pela dificuldade em manter a contracao muscular. Tambem sao relatados sintomas como astenia, neurite optica, paresia ou parestesia de membros, disfuncao da coordenacao e equilibrio, mielites, disfuncoes esfincterianas e disfuncoes cognitivo comportamentais. A fisiopatologia da doenca e pouco conhecida, mas evidencias indicam que a EM e causada por celulas Th1 e Th17, que reagem contra antigenos proprios da mielina, resultando na inflamacao do SNC com ativacao de macrofagos ao redor dos nervos, do cerebro e da medula espinhal, destruicao da mielina e anormalidades na conducao nervosa. O diagnostico e feito pela avaliacao clinica e por exames complementares, sendo a ressonância magnetica o padrao-ouro. Uma das terapias utilizadas para EM e a administracao de Interferon-Beta (IFN-β), possuindo papel modulador na resposta inflamatoria desencadeada pela imunidade celular no SNC. Objetivo: Discutir sobre o tratamento alternativo da Esclerose Multipla com Interferon-Beta, compreendendo o mecanismo de acao dessa citocina na doenca. Material e Metodos: Revisao bibliografica integrativa de estudos nas bases de dados Scielo, Pubmed e BVS, com os descritores "esclerose multipla", "interferon beta" e "tratamento". Resultados: Foram analisados oito estudos sobre o tratamento da EM pelo IFN-β; a maioria deles relata a satisfacao dos pacientes com esse medicamento, alem de se mostrar eficiente na diminuicao dos surtos e sintomas da doenca. Dentre os principais resultados da terapia com INF-β, nota-se a reducao de citocinas pro-inflamatorias e o aumento de citocinas anti-inflamatorias, o que confirma a sua eficacia como imunomodulador. Conclusao: A esclerose multipla esta entre as mais vulneraveis das doencas neurologicas devido a sua cronicidade e ao acometimento de adultos jovens. Em relacao ao tratamento, o uso de imunomoduladores tem sido eficaz, sendo o IFN-β uma opcao muito utilizada. Observa-se a reducao do numero de surtos em parcela significativa desses pacientes, alem da progressao mais lenta da doenca.
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