Influências da reposição de estrógenos e progestágenos na ação do hormônio de crescimento em mulheres com hipopituitarismo

2008 
O tratamento do hipogonadismo hipogonadotrofico na mulher adulta com hipopituitarismo inclui diversas alternativas terapeuticas de estrogenos e progestagenos, sendo a via oral a de menor custo e a de maior comodidade a paciente. A rota estrogenica oral, entretanto, exerce marcada influencia sobre o eixo hormonio de crescimento/fator de crescimento insulina-simile numero 1 (GH/IGF-1) nessas mulheres. O tratamento com estrogenos orais, concomitante ao uso de GH em pacientes com hipopituitarismo, antagoniza as acoes biologicas do GH e agrava as anormalidades de composicao corporal e o metabolismo em geral. Presume-se que o estrogeno oral iniba a secrecao/producao de IGF-1 por meio de efeito de primeira passagem hepatica, causando aumento da secrecao de GH por intermedio de inibicao do feedback negativo de IGF-1 em mulheres normais. Isso e demonstrado clinicamente por reducao da massa magra, aumento da massa gorda, perfil lipidico aterogenico e prejuizo do bem-estar psicologico. Alguns estudos apontam que os progestagenos com acao androgenica revertem o efeito de diminuicao dos niveis sericos de IGF-1 induzida pelos estrogenos orais. Os progestagenos neutros nao apresentam esse efeito, porem, quanto maior a potencia androgenica, maior sera a reversao do efeito de diminuicao de IGF-1. Na presente revisao da literatura, serao abordados os aspectos clinicos da reposicao com estrogenos e progestagenos nas mulheres com hipopituitarismo, suas interacoes nas outras deficiencias hormonais, bem como o impacto do uso de estrogenos sobre as acoes metabolicas do GH.
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