Quando a "interdição" tenta invadir a escola e "ex-comungar" as diferenças: algumas reflexões (in)discretas sobre o projeto "Escola Sem Partido"

2019 
Neste artigo buscamos refletir sobre as tramas discursivas que cercam o projeto “Escola sem partido” a partir de dois eventos politicos ocorridos respectivamente nas cidades de Dourados e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. Se, como afirma Foucault (2012), o discurso nao e transparente, ao mapearmos as redes politico-ideologicas que dao corpo a tal projeto, por meio dos atores envolvidos, dos argumentos e categorias utilizadas, do contexto politico-social em que se insere e dos jogos de interesses, objetivamos perceber as contradicoes, os embaracos, os tensionamentos e os pontos cegos presentes no proprio discurso, que nos permitem questionar os dispositivos de “verdade” e “imparcialidade” em que se buscam resguardar. Ao contrario do que afirma e pretende, uma escola sem partido e nao apenas impossivel, inviavel e insustentavel, mas tambem indesejavel.
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