Adubação borácica na cultura do brócolos

2016 
O cultivo do brocolis vem ganhando importância na horticultura brasileira nos ultimos anos, sendo cultivado principalmente por pequenos e medios agricultores. Os fatores que levaram a isso estao relacionados ao ciclo curto da cultura, baixa necessidade de mao de obra e a baixa sazonalidade de precos de venda no mercado. Contudo, para obter o sucesso no cultivo devese manejar a cultura atendendo suas exigencias agronomicas, principalmente o manejo nutricional adequado. Assim como outras hortalicas, o brocolis e uma planta bastante exigente em macro e micronutrientes, destacando-se o boro como um dos micronutrientes mais limitante na produtividade e qualidade das inflorescencias. A adubacao com boro deve ser recomendada com cuidado, pois o limite entre a sua deficiencia e toxicidade nas plantas e estreito e varias informacoes publicadas sao contraditorias quanto a sua adubacao. A sua deficiencia pode causar baixa compactacao, ma formacao e pontuacoes escuras na inflorescencia e a ocorrencia da anomalia fisiologica da haste oca. A toxicidade pode causar queima das bordas da folhas, nanismo e morte das plantas. Portanto, ha a necessidade de diminuir ou eliminar esses problemas utilizando a aplicacao foliar de boro suplementando a aplicacao no solo, bem com a adubacao orgânica como fonte de boro para a cultura do brocolis. Diante disto, o objetivo do trabalho foi avaliar as caracteristicas agronomicas da cultura do brocolis, mediante a aplicacao de boro via foliar e no solo, bem como a influencia da adubacao orgânica com cama de aviario no fornecimento do nutriente. O trabalho foi realizado a partir de 2 experimentos conduzidos na fazenda experimental da Universidade Estadual de Goias, Campus Ipameri. Em ambos os experimentos foram utilizadas a variedade de brocolis Avenger de cabeca unica. No experimento 1, o delineamento experimental foi o de blocos casualizados (DBC) no esquema fatorial 2 x 5, sendo o primeiro fator caracterizado como sem ou com aplicacao via solo de boro (0 e 4 kg ha-1 ) e o segundo fator a aplicacao foliar de boro em cinco doses (0; 0,25; 0,5; 0,75; 1 kg ha-1 ). O experimento 2, foi conduzido em DBC em esquema fatorial 2 x 5, sendo o primeiro fator caracterizado como sem ou com aplicacao via solo de cama de aviario (0 e 10 t ha-1 ) e o segundo fator a aplicacao foliar de boro em cinco doses (0; 2; 4; 6 e 8 kg ha-1 ). Para tanto, avaliou-se, o teor de boro das folhas, caule e inflorescencia, massa fresca, seca e diâmetro da inflorescencia, incidencia de talo oco e a produtividade total e comercial. No experimento 1, o maior indice de rentabilidade estimado foi obtido com a utilizacao da dose estimada de 0,68 kg ha-1 de B via foliar. As demais variaveis agronomicas e economicas nao apresentaram diferencas significativas. No experimento 2, a dose ate 8 kg ha-1 de B sem aplicacao da cama de aviario proporcionou o maior teor de B no caule entre os tratamentos. A utilizacao das doses de 6 e 8 kg ha-1 de B aplicados no solo promoveram teores de B superiores em relacao aos demais tratamentos. A aplicacao da cama de aviario promoveu os maiores valores de massa fresca de folhas, inflorescencia, teor de B foliar, produtividade e receita bruta. A dose de melhor eficiencia economica foi verificada com a utilizacao de 8 kg ha-1 de B, juntamente com a aplicacao de 10 t ha-1 de cama de aviario.
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