MODELAGENS DE CLIMA DE ONDAS E TRANSPORTE SEDIMENTAR UTILIZANDO O SMC-BRASIL: APLICAÇÕES PARA A PRAIA DO FORTE, LITORAL NORTE DO ESTADO DA BAHIA

2016 
A vulnerabilidade dos ambientes costeiros, muitas vezes ampliada por atividades antropogenicas, e a possibilidade de alteracoes climaticas, com uma maior incidencia de eventos climaticos extremos, tornam cada vez mais necessarios estudos e ferramentas que ajudem no entendimento sobre o balanco sedimentar e as variacoes no comportamento da linha de costa. Neste sentido, o Sistema de Modelagem Costeiro (SMC-Brasil) executa diferentes modelos numericos, que permitem realizar analises em curto, medio e longo prazo de uma praia, contribuindo para estudos e planos de gestao litorâneos. Esta pesquisa teve como objetivo compreender a dinâmica litorânea da Praia do Forte – litoral norte do estado da Bahia – utilizando o SMC-Brasil, e avaliar a sua vulnerabilidade a eventos oceanograficos extremos. A analise estatistica de ondas para a area de estudo, em termos de condicoes medias e extremas, realizada para aguas intermediarias, indicou um predominio das ondas vindas de ESE, com altura significativa de 1,3m e de 2,6m para condicoes de tempestade, com periodo de pico de 7s e 10s, respectivamente. A partir deste ponto foi realizada a modelagem do clima de ondas em aguas rasas, analisado em tres pontos ao longo do litoral da Praia do Forte, indicando predominância das ondas de SE e SSE, com alturas, para situacoes de meia mare, variando de 0,5 a 1,2m.  O transporte de sedimentos, calculado em tres perfis perpendiculares a linha de costa, associados a cada um dos pontos, indicou uma zona de convergencia entre a Praia do Castelo (Ponto 1) e a Praia do Eco Resort (Ponto 2) e um aumento namagnitude do transporte nesta ultima (Ponto 2), de quase oito vezes em relacao a Praia do Porto (Ponto 3), tornando essa regiao mais vulneravel a processos erosivos.A estimativa da cota de inundacao, considerando o nivel de base igual a zero, com periodos de recorrencia de 2, 5, 10, 25, 50, 100 e 200 anos, indicou em geral, niveis entre 2,5 e 3,0m para os perfis 1 e 2 e entre 2,0 e 2,5m para o perfil 3. A combinacao de eventos de tempestades com mares meteorologicas positivas, mares astronomicas de sizigia e valores extremos de espraiamento de onda, pode resultar em situacoes de alto risco para ecossistemas e propriedades, com grandes impactos para o litoral estudado, que atualmente ja apresenta erosao costeira em suas praias.A vulnerabilidade natural dos ambientes costeiros, muitas vezes ampliada por atividades antropogenicas, e a possibilidade de alteracoes climaticas, com uma maior incidencia de eventos climaticos extremos, tornam cada vez mais necessarios estudos e ferramentas que ajudem no entendimento sobre o balanco sedimentar e as variacoes no comportamento da linha de costa. Neste sentido, o Sistema de Modelagem Costeiro (SMC-Brasil), com serie temporal de 60 anos (1948 a 2008), executa diferentes modelos numericos, que permitem realizar analises em curto, medio e longo prazo de uma praia, contribuindo para estudos e planos de gestao litorâneos. Esta pesquisa teve como objetivo compreender a dinâmica litorânea da Praia do Forte, utilizando o SMC-Brasil, e avaliar a sua vulnerabilidade a eventos oceanograficos extremos. A analise estatistica de ondas para a area de estudo, em termos de condicoes medias e extremas, realizada para aguas intermediarias, no Ponto 1 (Ponto Dow), indicou um predominio das ondas vindas de ESE, com alturas em condicoes medias de 1,3m e de 2,6m para condicoes de tempestade, com periodos de 7s e 10s, respectivamente. A partir deste ponto foi realizada a modelagem do clima de ondas em aguas rasas, analisado em tres pontos do litoral, indicando uma predominância das ondas de SE e SSE, com alturas, para situacoes de meia mare, variando de 0,5 a 1,2m.  O transporte de sedimentos, calculado em tres perfis perpendiculares a linha de costa, associados a cada um dos pontos, indicou uma zona de convergencia entre os pontos 1 e 2, e uma maior magnitude de transporte no ponto 2, tornando essa regiao mais vulneravel a processos erosivos. A estimativa da cota de inundacao, baseada na analise dos valores extremos por maximos anuais, com periodos de recorrencia de 2, 5, 10, 25, 50, 100 e 200 anos, indicou em geral, niveis entre 2,5 e 3,0m para os perfis 1 e 2 e entre 2,0 e 2,5m para o perfil 3. A combinacao de eventos de tempestades com mares meteorologicas positivas, mares astronomicas de sizigia e valores extremos de espraiamento de onda, pode resultar em situacoes de alto risco para ecossistemas e propriedades, com grandes impactos para o litoral estudado, que atualmente ja apresenta uma alta vulnerabilidade a erosao costeira.
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