Dopamina endovenosa como agente propiciador de ruptura renal no pós-transplante imediato

1985 
Dopamina endovenosa em dose subpressora vem sendo descrita na literatura como meio util na profilaxia de insuficiencia renal aguda. Em 25 pacientes submetidos a transplante renal, sendo 14 com doador vivo e 11 com doador cadaver, foi utilizada dopamina (D) na dose de 2-3mg/kg/min associada a furosemida (F) na dose de 100 a 200mg endovenosa a cada 6 horas, por 3 a 5 dias. A indicacao foi em 19 casos de insuficiencia renal aguda (IRA) por necrose tubular aguda imediata pos-transplante, em 4 casos de rejeicao (R) e 2 casos de associacao de IRA + R. Como grupo-controle, analisamos 10 casos de IRA e 11 casos com R. Nos casos que se usou a dopamina, embora se tenha observado aumento da diurese em cerca de 70% dos casos, nao houve mudanca na funcao renal. Contudo, nesse grupo houve 6 casos de ruptura renal (3 casos de NTA, 2 casos de rejeicao + NTA e 1 caso de rejeicao humoral), o que da uma incidencia de 24% e nenhum caso no grupo-controle. Na experiencia de UTR anterior ao uso de dopamina a incidencia de ruptura renal era de 0,9%. Possivelmente a maior incidencia de ruptura renal seja decorrente do aumento do edema renal, consequente ao aumento do fluxo sanguineo renal induzido pela dopamina, em um rim ja edemaciado pela necrose tubular aguda e/ou pela rejeicao e sem drenagem linfatica. Dopamina em doses subpressoras nao deve ser usada no pos-transplante renal imediato
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