SINALIZAÇÃO DA VIA MAPK NO DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DE TIREOIDE FOLICULAR

2019 
Introducao: O câncer de tireoide (CT) possui incidencia de 567.233 casos no mundo, sendo o numero relativo a mortalidade 41.071. Apesar do numero de mortes decorrentes desse tipo de câncer ser pequeno quando comparado aos outros tipos, essa doenca possui um elevado grau de recorrencia e persistencia. Diante dos estudos geneticos, o CT do tipo folicular, que representa de 10-15% do total, esta relacionado a mutacoes no proto-oncogene RAS, o qual possui tres formas: H-RAS, K-RAS e N-RAS, que sintetizam proteinas importantes no processo de progressao tumoral. Dessa forma, a proteina RAS alterada promove a via de sinalizacao MAPK, a qual seria responsavel pela regulacao do crescimento, proliferacao, apoptose e metabolismo por meio da regulacao de varios genes. Objetivos: Realizar uma revisao literaria sobre os mecanismos geneticos que, por meio da via de sinalizacao MAPK, desencadeiam o CT folicular, a partir da integracao de fatores fisiopatologicos e biomoleculares. Metodologia: Foram realizadas buscas na base de dados PubMed, entre os anos de 2014 e 2019. Os descritores contemplados foram: Thyroid Neoplasms, Follicular Thyroid Cancer, MAPK and Pathway. Um total de 28 artigos foram utilizados nesta revisao. Resultados e Discussao: A proteina RAS encontra-se ativada quando ligada ao GTP e, a partir da acao da GTPase, o GTP e hidrolisado em GDP inativando-a. Durante o processo oncogenico, a proteina RAS fica ativada continuamente devido a ocorrencia de uma mutacao, induzindo a cascata de sinalizacao de MAPK. A ativacao de MAPK envolve alteracoes moleculares secundarias e a amplificacao da atividade oncogenica, bem como a promocao da hipermetilacao ou hipometilacao de alguns genes. A sinalizacao inicia na ligacao entre o IGF (fator de crescimento semelhante a insulina), proveniente do meio extracelular, ao RTK. A partir disso, o RTK sofre auto-fosforilacao e associa-se as proteinas GRB2 e SOS, sendo que esta se liga a proteina RAS, ativando-a por meio do GTP. A ligacao de RAS com B-Raf promove a fosforilacao e ligacao com a quinase MEK 1 e 2, as quais produzem o mesmo efeito com ERK 1 e 2, que, por sua vez, entra no nucleo celular e regula a expressao dos genes promotores de tumor. Conclusao: O efeito fisiopatologico da ativacao da via MAPK no processo oncogenico do CT folicular aumenta a expressao de genes anti-apoptoticos (como a producao do VEGFA), diminui a expressao de genes supressores de tumor e promovem a proliferacao, carcinogenese e progressao do CT. Infere-se, portanto, que ha a importância de realizar pesquisas que busquem novos proto-oncogenes e vias de sinalizacao afetadas no CT folicular, visto que a ampliacao e o acesso aos exames biomoleculares possuem a capacidade de identificar os aspectos geneticos alterados. A compreensao perante tais perspectivas permitem a diminuicao da incidencia, realizacao de diagnostico precoce e tratamentos mais especificos para esse tipo de CT.
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