Adesão ao tratamento imunossupressor no transplante renal

2009 
Introducao: A nao-adesao a terapia imunossupressora e um fenomeno que ocorre apos o transplante renal em todas as faixas etarias, predominando na populacao pediatrica e nos adolescentes. O assunto e muito importante, pois implica em aumento do risco de rejeicao aguda tardia e perda do enxerto. Objetivo: O objetivo deste estudo foi revisar a literatura a respeito da nao-adesao ao tratamento medicamentoso apos o transplante renal. Metodos: Foi realizado um levantamento bibliografico do periodo de janeiro de 2000 a julho de 2007 nas plataformas de dados SciELO, PubMed, LILACS e MEDLINE utilizando descritores relacionados a esse tema. Resultados: Nao ha uma definicao consensual do termo nao-adesao. Os estudos disponiveis utilizaram uma variedade de instrumentos combinados para mensurar a adesao ao tratamento imunossupressor. Este fato certamente influenciou as diferencas na prevalencia de nao-adesao encontradas nos estudos, bem como na escolha das estrategias para evita-la. Apesar dos autores concordarem que multiplos fatores interferem na ocorrencia de nao-adesao em pacientes transplantados renais, existe discordância no que tange a qualidade desses fatores. Destacam-se os seguintes: idade do receptor, raca, genero, nivel socioeconomico, tipo de doador, relacao medico-paciente, tempo de transplante, complexidade da doenca e fatores psicossociais. Conclusao: Nao esta estabelecido um padrao-ouro para mensuracao e prevencao da nao-adesao. Entende-la como um processo que perpassa por diferentes "saberes" parece um caminho a ser percorrido para melhor compreensao e atuacao frente a esta relevante questao. Introduction: Poor compliance with immunosuppressive treatment is seen after renal transplantation in patients of all ages, but it is more common in children and adolescents. This is an important matter because it increases the risk of late acute rejection and graft loss. The objective of this study was to review the literature on non-compliance with drug therapy after renal transplantation. Methods: SciELO, PubMed, LILACS, and MEDLINE databases from January 2000 to July 2007 were reviewed using descriptors related with this subject. Results: A widely accepted definition of non-compliance does not exist. The studies available used a variety of combined tools to measure compliance with immunosuppressive treatment. This, most likely, influenced the differences seen in the prevalence of non-compliance in patients after renal transplantation, as well as the choice of strategies to prevent it. Although the authors agreed that multiple factors interfere with the incidence of non-compliance after renal transplantation, they do not agree on the quality of those factors. Among those factors, we should mention: receptor age, race, gender, and socio-economical status, donor type, physician-patient relationship, time after transplantation, disease complexity, and psychosocial factors. Conclusion: A goldstandard method to measure and prevent non-compliance does not exist. The understanding that non-compliance is a multifactorial process seems to be the way to better understand and prevent this complex issue.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    2
    Citations
    NaN
    KQI
    []