Gênero em espacialidades geográficas: trajetórias e coetaneidade
2020
A ciencia geografica debruca-se sobre estudos de relacoes entre a sociedade e o espaco. Por muito tempo as analises ambientais e economicas se sobrepuseram a outros temas que tambem conduzem as dinâmicas espaciais. Ao longo de sua consolidacao enquanto ciencia, a Geografia experimentou diferentes fases, alinhadas a distintas correntes teoricas, metodos e metodologias, de acordo com o tempo e espaco de cada geografa(o) que se dedicou a construi-la. Somente a partir da decada de 1970 (no contexto anglo-saxao) e 1980 (no contexto brasileiro) e que a geografia passou a incorporar o conceito de genero em suas analises, evidenciando como a espacialidade era construida e vivida por homens e mulheres. Posteriormente, outras abordagens foram consideradas, tais como a sexualidade e a etnia e a raca. Esse processo foi importante no sentido de apresentar uma ciencia menos androcentrica, eurocentrica e burguesa. Este artigo tem como objetivo, por meio de revisao bibliografica, elucidar o processo de insercao destas tematicas na Geografia, pontuando ainda, mudancas em relacao ao posicionamento de geografas(os) diante dos sujeitos que tem como objeto de pesquisa.
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