Fatores críticos para a fixação do médico no Programa Saúde da Família
2012
Objetivo: analise das condicoes que interferem na fixacao do medico no Programa Saude da Familia (PSF). Metodos: Pesquisa de natureza qualitativa; envolveu analise documental das politicas de recursos humanos praticadas, a aplicacao e analise de questionarios e grupo focal, visando identificar a percepcao dos medicos sobre seu trabalho no Programa. Resultados: A pesquisa revelou uma alta rotatividade dos medicos, sendo citados como fatores determinantes da mesma: a insatisfacao profissional; condicoes de trabalho inadequadas; e a carga de trabalho pesada. Dentre as caracteristicas da politica local de recursos humanos, destacaram-se, em particular, as distorcoes em relacao a remuneracao; problemas no plano de cargos, carreira e salarios em relacao aos medicos de familia que limitam e penalizam a ascensao do profissional. Os principais motivos identificados na pesquisa que favorecem a permanencia foram: a identificacao com a filosofia do programa, a vocacao profissional e a possibilidade de servir a comunidade. Discussao: apresenta reflexoes sobre a gestao dos recursos humanos no PSF e no Sistema Unico de Saude (SUS), como um todo, apontando algumas das principais fragilidades da mesma, destacando: deficiencias na politica de formacao profissional para a especialidade, a insuficiente regulacao da profissao medica no Brasil por parte do Estado e a excessiva interferencia politica na prestacao de servicos publicos de saude, particularmente no Programa. Esta pesquisa foi feita como pre-requisito para a obtencao de titulacao de Mestre em Saude da Familia, que contou com o financiamento de bolsa de estudos da Organizacao Panamericana de Saude (OPAS).
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