Estudo funcional e morfológico renal da prole de ratos cujas mães foram submetidas à restrição proteica gestacional : efeito do tratamento com rapamicina

2014 
Ja esta bem documentado que a dieta hipoproteica em ratos durante a gestacao produz efeitos no crescimento fetal, uma persistente elevacao na pressao arterial e disfuncoes no desenvolvimento renal da prole. Alteracoes na pressao arterial parecem estar relacionadas a acentuada reducao no numero de nefros que acaba por causar um quadro de hipertrofia e hiperfluxo nos nefros remanescentes como adaptacao para equilibrar a taxa de filtracao, no entanto, os mecanismos utilizados para esta adaptacao culminam com o surgimento de albuminuria. Este processo acaba por causar esclerose glomerular culminando em um ciclo, comprometendo cada vez mais os nefros remanescentes. O desenvolvimento deste quadro pode levar a sindrome nefrotica e posteriormente a doenca renal terminal. Acredita-se que o principal fator atuante na programacao fetal neste modelo e devido a exposicao exacerbada do feto aos glicocorticoides materno, o que acaba por comprometer a correto desenvolvimento e diferenciacao de tecidos e orgaos, e na expressao ou atividade de uma serie de receptores e enzimas. Recentemente, tem surgido a hipotese de que a atividade da mTORC poderia estar envolvida no surgimento de doencas na idade adulta neste modelo experimental. Este trabalho teve por objetivo avaliar se a inibicao da mTORC atraves do tratamento com rapamicina em animais programados poderia ser benefico, inibindo o surgimento de complicacoes relacionadas com a estrutura glomerular e como seria seu efeitos sistemico, sobre a funcao renal e pressao arterial sistemica. Ratos Wistar receberam racao com baixa proteina (6% LP) e dieta controle (17% NP) durante o periodo gestacional. A prole de machos foi tratada com rapamicina diluida em DMSO (5%) e administrada via intraperitoneal na dose de 1mg/kg, 3 vezes por semana, a partir da 4a semana de vida ate a 12a semana. A afericao da pressao arterial sistolica foi realizada nas idades 8, 12 e 16. Foi observado que nos grupos que receberam rapamicina, a pressao arteria sistolica elevou-se consideravelmente em todas as idades. A avaliacao da funcao renal foi realizada atraves de clearance de creatinina e litio nas mesmas idades e observamos que durante todo o tratamento, o grupo NP que recebeu rapamicina excretou mais sodio, na porcao pos-proximal do tubulo. Alem disso, nao houve diferenca na taxa da filtracao glomerular em nenhuma das idades. Quando a proteinuria foi avaliada, observamos que o grupo programado LP sem rapamicina, apresentou evolucao com o passar das semanas sendo significativamente maior a partir das 12a e 16a semanas, no entanto, os grupos que receberam rapamicina, nao apresentaram a mesma evolucao, indicando preservacao da estrutura glomerular. Os presentes resultados demonstram que apesar de a rapamicina ter elevado a pressao arterial em ambos os grupos, ha uma indicacao de que os animais programados tem um controle menos eficaz no controle da pressao arterial atraves da funcao renal. Mesmo diante da pressao elevada, a rapamicina foi capaz de inibir injurias a barreira de filtracao. Abstract
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