Desarticulação da anca - Análise de uma série e revisão da literatura

2017 
Resumo Objetivo Apresentar um estudo retrospectivo em 16 pacientes submetidos a desarticulacao da anca. Metodos Foram identificados 16 pacientes submetidos a desarticulacao da anca ao longo de 16 anos. Todos foram estudados por meio dos registos clinicos quanto a sexo, idade na cirurgia, causa da desarticulacao, complicacoes no pos‐operatorio, indices de mortalidade e grau de funcionalidade apos a desarticulacao da anca. Resultados A desarticulacao da anca foi feita eletivamente na maioria das situacoes e apenas de forma urgente em tres casos. As indicacoes tiveram as seguintes origens: infeccao (n = 6), tumor (n = 5), traumatismo (n = 3) e isquemia (n = 2). O tempo medio global de sobrevivencia pos‐cirurgia foi de 200,5 dias. Os indices de sobrevivencia foram de 68,75% apos seis meses, 56,25% apos um ano e de 50% apos tres anos. Os indices de mortalidade foram mais elevados nas desarticulacoes de causa traumatica (66,7%) e de causa tumoral (60%). Em relacao aos oito pacientes que permanecem vivos, metade faz marcha com apoio de muletas canadenses e sem protese, 25% fazem marcha com membro protetico e 25% encontram‐se acamados. As taxas de complicacoes e mortalidade foram mais elevadas nas desarticulacoes urgentes e nas efetuadas em consequencia de traumatismos e tumores. Conclusao A desarticulacao da anca e uma cirurgia altamente mutilante, com implicacoes obvias na funcionalidade do membro e taxas elevadas de complicacoes e mortalidade. No entanto, quando efetuado em um momento adequado e com indicacao correta, esse procedimento pode salvar a vida do paciente e garantir o seu regresso ao domicilio com alguma qualidade de vida.
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