Impacto da adoção de medidas inespecíficas no tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico agudo em idosos: a experiência do Distrito Federal, Brasil

2015 
OBJETIVO: Analisar o impacto de um protocolo de tratamento inespecifico e descentralizado para acidente vascular cerebral isquemico (AVCI) em idosos na qualidade do atendimento no Sistema Unico de Saude (SUS) do Distrito Federal. METODOS: Este estudo retrospectivo de controle historico utilizou dados do Sistema de Informacao Hospitalar do SUS (SIH/SUS) para comparar dois periodos: antes e depois da adocao de um protocolo que preconiza atencao por medidas inespecificas (sem alteplase) e descentralizacao do atendimento. Foram analisadas 2 369 internacoes de idosos acima de 60 anos com AVCI em 2006 e 2007 e 5 207 em 2010 e 2011 com relacao a frequencia, tempo de hospitalizacao, mortalidade, letalidade por AVCI, utilizacao de unidade de terapia intensiva (UTI) e valores de reembolso de autorizacoes de internacao hospitalar (AIH). A efetividade foi avaliada pelos indices de mortalidade e letalidade e a eficiencia pelo tempo de permanencia, utilizacao de UTI e valores de AIH. RESULTADOS: Houve aumento de 119,8% no numero de pacientes internados com a doenca no segundo periodo (P = 0,0001), aumento de mortalidade absoluta de 27,3%, queda de 5,0% na taxa de letalidade por AVCI (P = 0,02) e aumento na utilizacao de UTI de 130,6% (P = 0,0001). Nao foi observada variacao significativa entre os periodos na media do numero de dias de internacao por paciente e nos valores de reembolso de AIH. CONCLUSOES: Os indicadores utilizados evidenciaram melhora da efetividade do tratamento do AVCI agudo com o uso de um protocolo inespecifico e descentralizado de atendimento; entretanto, nao houve impacto sobre a eficiencia.
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