Análise da sobrevida e da recidiva neoplásica em pacientes submetidos a transplante de figado por carcinoma hepatocelular : associação com perfil imunohistoquímico e caracteristicas tumorais = Analysis of survival and neoplasm recurrence in patients undergoing liver transplantation for hepatocellular carcinoma

2012 
Introducao: Apesar de sobrevida ao redor de 70% em cinco anos a recidiva do CHC vem suscitando cuidados com indices que variam na literatura entre 6% a 26%. Muitos sao os fatores atrelados ao maior risco de recidiva descritos na literatura, sem definicao de qual o melhor metodo que poderia predizer esse evento de alta letalidade. Objetivo: Os objetivos desse estudo foram: avaliar a sobrevida e recidiva tumoral em pacientes submetidos a transplante hepatico por CHC e investigar a imunoexpressao dos marcadores imunohistoquimicos: HSP70, Glipican3, Glutamina sintetase, beta-catenina, CK7, Ck19, HepPar1 e PCNA, estudando sua associacao com caracteristicas tumorais e prognostico de pacientes submetidos a transplante hepatico por CHC. Metodo: Foram estudados 90 pacientes portadores de CHC submetidos a transplante hepatico de 1996 a 2010. Foram estudados fatores correlacionados ao aparecimento da recidiva neoplasica como: tamanho da maior lesao, numero de lesoes, grau histologico, presenca de invasao vascular, nivel de alfa-feto proteina (AFP) superior a 200 ng/ml e regime de imunossupressao. Foi estudada tambem a correlacao da expressao dos marcadores imunohistoquimicos estudados com cada uma dessas mesmas variaveis. A tecnica de estudo imunohistoquimico foi o arranjo em matriz tecidual (TMA). A analise estatistica utilizou testes de regressao uni e multivariadas, teste de Cox, teste de Qui-quadrado ou Fisher, teste de Mann-Whitney e para estudo de sobrevida foi utilizado o metodo de Kaplan Meyer. Resultados: Foi observada recidiva em 7 pacientes (8%).O tempo de cirurgia, quantidade de concentrados de hemacias administrados, valor do MELD calculado no momento da cirurgia e a presenca de recidiva foram associados a menor sobrevida. Pacientes com recidiva tumoral apresentaram tendencia a presenca de invasao vascular, apresentaram maior numero de nodulos e maiores nodulos. Em relacao aos marcadores imunohistoquimicos pacientes com glutamina sintetase positiva apresentaram tendencia a menor sobrevida; e a presenca de HepaPar1 negativo apresentou correlacao com o aparecimento de recidiva neoplasica. Pacientes com HSP70 positivo apresentaram maior prevalencia do grau histologico III. Pacientes com Glipican3 positivo apresentaram nodulos maiores e presenca de mais casos com AFP superior a 200 ng/ml. Pacientes com PCNA positivo apresentaram nodulos maiores. Pacientes com HepPar1 negativo apresentaram nodulos maiores e tendencia a apresentar mais nodulos. Pacientes com beta-catenina positiva apresentaram maiores nodulos e presenca de maior numero de pacientes com grau histologico III. Pacientes com CK19 positivo demonstraram tendencia a apresentar nodulos maiores (p=0.05). A associacao entre beta-catenina e Glipican3 positivos demonstrou correlacao com a presenca de nodulos maiores com maior evidencia estatistica do que quando avaliados separadamente (p=0,003). Conclusao: Nao foi possivel a associacao de nenhum desses marcadores com a sobrevida exceto pela presenca de glutamina sintetase positiva que apresentou tendencia a associacao com piora da sobrevida. A imunoexpressao desses marcadores nao se correlacionou com o tempo de aparecimento de recorrencia tumoral, com excecao da do HepPar1, o qual, quando negativo, correlacionou-se com maior frequencia de aparecimento de recidiva. Entretanto, a maioria dos marcadores estudados apresentaram correlacao com pelo menos uma das variaveis em estudo, confirmando nossa hipotese de que esses marcadores podem, sim, auxiliar na avaliacao do prognostico de pacientes submetidos a transplante hepatico por CHC. Abstract
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