O direito à cidade nos interstícios do espaço público: parklets para que e para quem?

2019 
O presente artigo discute o papel do espaco publico na cidade contemporânea, a luz da concepcao de direito a cidade segundo Lefebvre (1968) e a Nova Agenda Urbana. O objetivo e discutir de que forma o espaco publico urbano pode propiciar uma ampliacao de consciencia de novos atores sociais no sentido da construcao de uma cultura de cidadania e de participacao social em bases sustentaveis. Busca-se responder o seguinte problema: Em que medida o parklet , enquanto concepcao de espaco publico de convivencia, contribui para a promocao do direito a cidade e da sustentabilidade urbana na contemporaneidade? Quanto a metodologia, a analise adota metodo indutivo e abordagem qualitativa, a partir de pesquisa bibliografica e documental aplicada para coleta de materiais teorico-conceituais e normativos, que foram organizados e examinados pela tecnica do mapeamento cognitivo. O estudo resultou na constatacao teorica de que o parklet pode representar um novo mecanismo de apropriacao privada seletiva e diferenciada do espaco publico urbano. Conclui-se que, a despeito do discurso de proporcionar convivencia social e melhoria da qualidade de vida, a estrategia do parklet nao apresenta potencial para promover democratizacao e sustentabilidade dos espacos publicos urbanos, sendo, portanto, ineficaz a realizacao do direito a cidade.
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