Avaliação da vida útil do polvo Octopus insulares sob armanezamento refrigerado: efeito da evisceração e da embalagem a vácuo

2013 
O Brasil vem se consolidando como um exportador de polvo, tendo como maiores mercados a Espanha, Japao e Estados Unidos. O Estado do Ceara possui grandes perspectivas de aumento na captura de polvo, devido ao vasto litoral e a busca por pratos exoticos e ao mesmo tempo saudaveis pela populacao.Junto com esse crescimento vem a necessidade de ampliar ainda mais esse produto para mercados distantes dos locais de producao, promovendo o aumento de sua vida util e diversificacao da oferta, a fim de atender a uma demanda crescente de consumidores de forma conveniente e segura. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da embalagem a vacuo sobre a vida util do polvo da especie Octopus insularis armazenado sob refrigeracao (2 ± 2 °C). Foram realizados tres tratamentos: polvos nao eviscerados (INT), eviscerados e embalados sem vacuo (ESV) e eviscerados e embalados a vacuo (ECV), os quais foram avaliados a cada 5 dias durante 20 dias de armazenamento sob refrigeracao (2 ± 2 oC), quanto as caracteristicas microbiologicas (bacterias patogenicas e deteriorantes), sensoriais (avaliacao do frescor) e fisico-quimicas (pH, N-BVT e N-TMA). Para avaliacao das caracteristicas sensoriais, o Quality Index Method (QIM) proposto por Barbosa e Vaz-Pires (2004) foi adaptado para o polvo Octopus insularis. Para adaptacao do QIM, contou-se com a ajuda de 5 julgadores treinados. O QIM adaptado possui 8 atributos sensoriais usados para avaliar o frescor de polvo O. insularis. Os resultados demonstraram que a embalagem a vacuo nao foi eficiente na manutencao das caracteristicas da qualidade de polvo Octopus insularis armazenado sob refrigeracao, pois os valores dos parâmetros fisico-quimicos analisados foram superiores aos das amostras nao embaladas a vacuo. A embalagem a vacuo tambem nao foi eficiente contra os micro-organismos deteriorantes analisados. A avaliacao sensorial mostrou que as amostras embaladas a vacuo nao diferiram significativamente das amostras nao embaladas a vacuo. Pode-se concluir que a embalagem a vacuo nao foi eficiente em estender a vida util do polvo armazenado sob refrigeracao, nao sendo observado um efeito benefico desse tipo de embalagem na qualidade microbiologica, sensorial e fisico-quimica do polvo quando comparado aos demais tratamentos.
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