Linguagem, antirracismos e questões Queer no Brasil: conversa com Kassandra Muniz

2020 
A presente entrevista nos foi concedida pela professora Dra. Kassandra Muniz, especialemnte para o dossie “Perspectivas Queer nos estudos da Linguagem” da Revista Cadernos de Linguagem e Sociedade (UnB). A interacao que deu corpo a este texto aconteceu entre o final de outubro e o inicio de novembro de 2020. Na verdade, o que aqui discutimos registra boa parte das tensoes teoricas e politicas promovidas por linguistas aplicadxs e linguistas queer brasileirxs, engajadxs com a desnaturalizacao dos processos discurisvos que subalternizam sujeitos desviantes da cis-heteronormatividade e da branquitude, como eixos importantes de opressao. Dentre outras coisas, nossa conversa girou em torno da decolonizacao de epistemologias e de praticas politicas; da volta do corpo para os estudos da lingaugem; do potencial antiessencialista e estrategico da perspectiva de linguagem como performance nos estudos racais, de genero e de sexualidade; da nocao de “Linguagem como Mandinga” enquanto “artimanha ancestral” para (des)pensar colonialidades, cis-hetronormatividades e brancocentrismos;  da consideracao da interseccionalidade como lente analitica para a compreensao do cruzamento entre eixos de subordinacao e de resistencia; e, por fim, do papel dos processos educativos para a producao de subjetividades criticas ao cis-patricado, a heteronormatividade e a branquitude.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []