ST 4 De quem é essa terra? Os impactos sócio espaciais da mineração pós-rompimento da barragem de Fundão em Mariana/MG

2017 
No dia 5 de novembro de 2015 a Barragem de Fundao em Mariana/MG, da mineradora Samarco, uma empresa joint venture da Companhia Vale e da Anglo Australiana BHP Billiton se rompeu liberando aproximadamente 50 milhoes de metros cubicos de lama de rejeitos de mineracao. Este desastre afetou e afeta biomas e comunidades da Bacia do Rio Doce. Nesse contexto, populacoes foram des-reterritorializadas dos seus modos de vida, o que vem provocando danos socio espaciais e ambientais muitas vezes irreversiveis, envolvendo questoes relacionadas a perda de moradia, comprometimento da fauna, flora e dos recursos hidricos, alteracoes em suas atividades economicas e sociais, em seus estados de saude mental e fisica e em seus cotidianos. Esse evento insere essas populacoes atingidas em situacoes de sofrimento social e nos faz questionar nosso modelo de sociedade e de desenvolvimento. Apos um ano desse desastre o que se ve e o protagonismo da empresa e a inacao do Estado com relacao a execucao dos ressarcimentos, indenizacoes e dos reassentamentos. O que se percebe e um jogo assimetrico de forcas entre atingidos, Estado e empresa. Este desastre socio- tecnologico mostra a emergencia em enxergar as pessoas colocadas sob o julgo da manutencao e da expansao da exploracao mineral no Brasil. O entendimento do impacto causado pelo desastre passa pelo enraizamento territorial desta atividade no Brasil, em Minas Gerais chegando a Gesteira, no municipio de Barra Longa. Pretende-se mostrar que a terra minerada e recorte potente e vulneravel, diante do motor economico que move este setor.
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