Stents farmacológicos: existe lugar para seu uso?

2008 
As intervencoes coronarianas percutâneas representam importante estrategia de revascularizacao do miocardio. Na evolucao dos procedimentos de intervencao percutânea sobre as coronarias, os stents farmacologicos ou recobertos com drogas surgiram como opcao mais eficaz que os nao-farmacologicos, por diminuirem, de forma significativa,os riscos de reestenose angiografica. Mais recentemente, surgiram publicacoes apontando para um risco maior de trombose associada aos stents farmacologicos. Sendo a trombose um evento agudo que, do ponto de vista fisiopatologico, representa o substrato anatomico da sindrome coronariana aguda, inclusive do infarto agudo do miocardio, os resultados destas publicacoes desencadearam duvidas quanto a seguranca dos stents recobertos com drogas. Os stents farmacologicos nao oferecem ganho adicional, se comparados aos stents nao farmacologicos, no tratamento da doenca coronariana nas indicacoes primarias para uso dos mesmos (as chamadas indicacoes on label, estabelecidas pelo FDA, quando aprovou o uso destes dispositivos). Ha consistencia entre varios ensaios publicados apontando que o uso que extrapola estas indicacoes, e, que tem sido o mais comum, associa-se a riscos mais altos de morte e infarto. Os resultados com o uso de stents farmacologicos e nao farmacologicos se equivalem, portanto deve ser utilizado aquele com melhor relacao custo-beneficio.(AU)
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