Desempenho e consumo de forragem em campo nativo diferido de bovinos de corte suplementados com sal mineral proteinado: uma simulação

2011 
O campo nativo apresenta adequado valor forrageiro na estacao quente e durante a estacao fria sua producao e qualidade sao afetadas, causando perda de peso para os animais em pastejo, uma das maneiras de alterar este quadro e atraves da suplementacao com sal proteinado. Baseado nisso objetivou-se avaliar, atraves de simulacoes, o consumo de forragem e o desempenho de bovinos de corte em campo nativo diferido, suplementados com sal mineral proteinado no periodo de estacao fria. Foi avaliado o desempenho animal de novilhos, atraves de simulacoes baseadas em dados provenientes da pesquisa, em campo nativo diferido recebendo suplementacao com sal mineral proteinado durante o periodo de estacao fria. O trabalho foi desenvolvido no software Vensim, a partir da implantacao de um modelo conceitual, e em planilha eletronica. Os quatro cenarios utilizados foram: SM – suplementacao com sal mineral; S2I – suplementacao com sal proteinado durante os dois meses iniciais de estacao fria; S2F – suplementacao com sal proteinado durante os dois meses finais de estacao fria; S4M – suplementacao com sal proteinado durante os quatro meses de estacao fria. Os cenarios S2I e S2F tambem recebem suplementacao com sal mineral intercalando o periodo de suplementacao proteica. Foi estabelecido como media de peso inicial dos novilhos 350 kg e uma area de 50 hectares para cada cenario. Para a composicao dos mesmos trabalhou-se com um lote de 51 animais para o cenario SM e 64 animais para os demais cenarios, ficando uma lotacao inicial ajustada de 0,8 U.A e 1 U.A, respectivamente, a lotacao foi continua com carga crescente. A simulacao do consumo forrageiro partiu da forragem acumulada com o diferimento de campo para especies estivais, considerando a massa forrageira residual apos o periodo de estacao fria, a fim de calcular o consumo de forragem total de cada cenario, subtraindo-se a massa de forragem inicial pela massa forrageira final de cada periodo. Os cenarios SM, S2I, S2F e S4M apresentaram os seguintes pesos vivos finais: 352,28 kg; 353,12 kg; 377,72 kg; 380,84 kg respectivamente. Os cenarios que utilizaram suplementacao proteica apresentaram maior desempenho animal em relacao ao cenario que utilizava apenas sal mineral. Para a simulacao do consumo de forragem partiu-se de uma massa de forragem de 3420 kg de MS ha-1, e estabeleceu-se um consumo de forragem de 2% do peso vivo para as situacoes onde os animais eram suplementados com sal mineral e 3% para as situacoes onde existia a suplementacao proteica. O consumo de forragem total para os cenarios SM, S2I, S2F e S4M foi de 842,1 kg de MS haˉ¹, 1053 kg de MS haˉ¹, 1085,4 kg de MS haˉ¹ e 1292,4 kg de MS haˉ¹ respectivamente. O consumo de forragem foi maior no cenario S4M e o cenario SM foi o que deixou maior massa de forragem residual. A simulacao da suplementacao proteica mostrou que a utilizacao deste suplemento, pode ser uma ferramenta de auxilio importante no manejo das pastagens naturais.
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