Educação preventiva e promoção da saúde na escola: desafios para orientação sexual em São Paulo

2017 
Considerando-se a escassa producao cientifica sobre orientacao sexual em redes de ensino, investigou-se os programas implementados pela Secretaria Municipal de Educacao de Sao Paulo, nos anos de 2001 a 2006. O artigo objetiva identificar as concepcoes e dificuldades dos diretores e coordenadores pedagogicos no desenvolvimento das acoes de orientacao sexual na rede publica de ensino. No periodo investigado, tres projetos destacaram-se pela duracao e forte presenca na rede escolar, constituindo um cenario privilegiado para o estudo da educacao preventiva e da promocao da saude entre adolescentes. Realizou-se um estudo descritivo-retrospectivo, de abordagem qualitativa, com oito informantes-chave que foram entrevistados em profundidade. As principais categorias de analise foram: acoes pontuais na disciplina de Ciencias; pouco poder, baixa legitimidade e resistencia dos professores; avancos percebidos; fragilidades na avaliacao; alta rotatividade dos educadores; e, descontinuidade dos projetos. A analise evidenciou dificuldades estruturais e pedagogicas. As acoes frequentemente dependeram do interesse pessoal dos profissionais em detrimento de um projeto coletivo. Com a mudanca da gestao, houve descontinuidade dos projetos nas escolas. O estudo subsidia o campo da educacao preventiva e da promocao da saude, respaldando o saber-fazer dos educadores e indica caminhos para a superacao das lacunas na instituicao escolar.  Palavras chave: Politicas publicas; Educacao em saude; Educacao sexual; Desenvolvimento de programas; Promocao da saude.
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