Avaliação de aterosclerose em transplantados renais através de métodos não invasivos

2009 
FUNDAMENTO: A disfuncao endotelial pode ser considerada um evento precoce da aterogenese. OBJETIVO: Avaliar a aterosclerose em transplantados renais atraves do escore de calcio coronariano, do duplex scan das carotidas e da reatividade braquial atraves do ultra-som. METODOS: Avaliamos trinta transplantados renais do sexo masculino com funcao renal estavel, idade media de 41,3 anos. RESULTADOS: A deteccao da carga aterosclerotica nesta populacao foi significativa quando utilizada a tecnica da reatividade braquial (86,7%), menos frequente baseando-se na presenca de placa carotidea (33,3%) ou no escore de calcio coronariano (20%). Placa carotidea foi considerada quando a espessura era superior a 12 mm. O escore de calcio coronariano foi anormal quando acima de oitenta pela escala de Agatston, sendo observado em um percentual baixo (21,7%) dos pacientes, possivelmente porque a tomografia pode nao ser o metodo ideal para detectar aterosclerose em doentes renais, por nao distinguir calcificacoes intimais da camada media. O controle clinico adequado, a baixa faixa etaria e fatores relacionados ao tempo de dialise pre-transplante ou ao efeito antiinflamatorio das drogas pos-transplante podem retardar o aparecimento das calcificacoes. CONCLUSAO: A avaliacao da carga aterosclerotica atraves do duplex scan das carotidas (33,3%) e do escore de calcio coronariano (20%) nao foi frequente, nao havendo correlacao com o elevado indice de deteccao de disfuncao endotelial observado com o exame da reatividade braquial (86,7%).
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