EFEITO DA ASSOCIAÇÃO DE FLUOXETINA E GLIBENCLAMIDA SOBRE A TOLERÂNCIA ORAL A GLICOSE

2007 
Os disturbios emocionais, sobretudo a depressao, tem-se tornado cada vez mais comuns em pacientes diabeticos. Estima-se que entre 15 e 20% dos pacientes com diabetes tipo I ou II tenham depressao em algum grau, tornando comum o uso de antidepressivos nestes pacientes. Embora varias drogas antidepressivas possam ser utilizadas, a fluoxetina e o medicamento mais usado nos casos de depressao em diabeticos. Entretanto, varios trabalhos vem demonstrando que a fluoxetina pode interferir no metabolismo da glicose e, portanto, alterar a glicemia do paciente. Esse fato nos chama atencao para a possibilidade de interacao entre a fluoxetina e hipoglicemiantes orais como a glibenclamida. Neste sentido, este projeto foi desenvolvido para avaliar os efeitos da fluoxetina e da associacao fluoxetina mais glibenclamida sobre a tolerância oral a glicose em ratos nao diabeticos. Para isto, serao utilizados 40 ratos Wistar machos (200-220 g) divididos em 4 grupos com 10 animais cada: salina (controle); fluoxetina (20 mg/kg); glibenclamida (0,6 mg/kg); fluoxetina (20 mg/kg) mais glibenclamida (0,6 mg/kg). Apos jejum de 12 horas, os animais receberao uma sobrecarga oral de glicose (1,5 gramas de glicose por quilo de peso corporal). Em seguida, serao administrados, por via intraperitoneal, os respectivos tratamentos. Apos duas horas da ingestao de glicose, os animais serao anestesiados com eter etilico e submetidos a laparotomia abdominal para exposicao da veia cava inferior e coleta de sangue. Sera utilizado fluoreto (2 mg para cada 1 mL de sangue) como anticoagulante e conservante da glicose plasmatica. A glicemia sera determinada pelo metodo enzimatico-colorimetrico glicose oxidase. Os resultados serao analisados pelo teste estatistico One-Way ANOVA (nao parametrico) seguido de Bonferroni para analise de variância entre os grupos com nivel de significância p<0,05. Nao e possivel prever os resultados a serem obtidos, uma vez que a literatura fornece informacoes sobre efeitos hiperglicemiantes e hipoglicemiantes para a fluoxetina. Contudo, a associacao da glibenclamida a fluoxetina permitira avaliar se os efeitos da fluoxetina sobre a glicemia sao decorrentes de uma acao direta ou indireta na secrecao de insulina. Esta observacao sera muito importante para estabelecer protocolos seguros de tratamento da depressao em pacientes diabeticos.
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