A par de ORPHEU: a poesia da PRESENÇA e os seus influxos sobre a cinematografia de Manoel de Oliveira

2016 
A insercao do cinema de Manoel de Oliveira no meio intelectual e artistico portugues teve o seu primeiro grande impulso nas paginas criticas da revista presenca , em artigos assinados por Jose Regio, que ali manifestava a sua admiracao pela modernidade de Douro, faina fluvial , o documentario com que o longevo realizador iniciara, em 1931, a sua proficua carreira cinematografica. O bom acolhimento dos presencistas e a forte relacao de amizade que entao teve inicio (sobretudo com Regio e Casais Monteiro) parecem ter impelido o cineasta a trilhar os caminhos mais vanguardistas do cinema, os quais conduziriam aos seus filmes mais arrojados, estreados na decada de 1980 ( Le soulier de satin ; O meu caso ; Os canibais ), mas que tambem marcaram os seus primeiros pequenos filmes posteriores ao Douro , todos partidarios de uma certa euforia – relativa, como veremos – perante o progresso cientifico e tecnologico do mundo moderno: Hulha branca (1932), Portugal ja faz automoveis (1938), Famalicao (1940), O coracao (1958) e O pao (1959). E destes filmes “futuristas” de Manoel de Oliveira que aqui falaremos ate chegar a As pinturas do meu irmao Julio (1967), pelicula em que entram Jose Regio e os quadros do seu irmao, Julio dos Reis Pereira, grande pintor modernista que como poeta usava o pseudonimo Saul Dias.
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